26 Mar 2024, 9:09
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A Liga dos Amigos da Ponte Maria Pia apresentou um projeto, esta segunda-feira, para incluir a infraestrutura num circuito turístico, não só pela ponte, mas também pelas escarpas do rio Douro, avança o Porto Canal.
Reunida em Assembleia-Geral, presidida por Luís Valente de Oliveira, a Liga dos Amigos da ponte apresentou um projeto em defesa e pela sobrevivência da infraestrutura centenária.
Desativada há 33 anos, os defensores da manutenção da antiga ponte que liga as margens do rio Douro, entre o Porto e Vila Nova de Gaia, sugerem que seja criado um circuito turístico, pedonal e através de vai-vem, que incluam a infraestrutura e as duas margens do rio.
Segundo o mesmo órgão de informação, serão necessários 15 milhões de euros para a reabilitação inicial da ponte, a serem angariados para um fundo, em parceria com as Câmaras Municipais do Porto e de Gaia, com a colaboração financeira e técnica da Infraestruturas de Portugal (IP), a cuja entidade recai a responsabilidade da ponte.
No passado dia 6 de março, a Câmara do Porto considerou que o futuro da antiga ponte ferroviária Maria Pia, que atravessa o rio Douro e está sem exploração há mais de 30 anos, “deverá ser discutido com o próximo Governo”.
O circuito intitulado “In Illo Tempore” pretende ser autossustentável, prevendo uma receita de quatro milhões de euros a cada quatro anos.
Através de um trajeto pedonal, que teria início na Ribeira do Porto, passaria pela Av. Gustavo Eiffel, seguiria pelo Parque da Ponte Maria Pia, já do lado de Gaia, e acompanharia a escarpa até às Caves do Vinho do Porto, a Liga propõe o pagamento de portagens de travessia da ponte, no valor de 10€ por pessoa a pé e 20€ por pessoa transportada no vai-vem, a ser implementado na própria ponte.
O projeto inclui ainda uma zona de lazer, abaixo das Fontainhas, cuja responsabilidade de execução teria de caber à Câmara Municipal do Porto, para a criação de um parque seguro, uma vez que se trata de uma zona de escarpa.
O antigo Bastonário da Ordem dos Médicos ressalva a importância da ponte, não só no âmbito regional, mas também no nacional e mostra-se disponível para defender a infraestrutura em Assembleia da República.
Nomes como os do empresário Mário Ferreira ou do antigo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, são sugeridos para encabeçar uma task force em defesa da Ponte, inativa há mais de 30 anos.