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O Primeiro de Janeiro

18 Apr 2022, 0:00

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643 milhões de euros em crédito de passageiros detido pela TAP

A pandemia continua a deixar uma quantidade significativa de passagens aéreas pagas cujos voos não ocorreram. Os documentos de voo pendentes, como a TAP os chama, totalizavam 643,6 milhões de euros no final de 2021.

Segundo relatório do ECO, o valor é inferior aos 657,7 milhões registados no final de junho, mas foi considerado assunto relevante pelo auditor e objeto de nota. A PwC recorda que “após os impactos da pandemia COVID-19 no setor do transporte aéreo, o grupo [TAP] sofreu uma redução significativa da sua atividade em 2020 e 2021, fruto de uma quebra acentuada da procura e da imposição de restrições órgãos governamentais à circulação aérea, o que levou ao cancelamento de vários voos”.
Os cancelamentos que geraram obrigação de prestar o serviço no futuro ou obrigação de reembolsar o valor do bilhete, totalizaram 643,6 milhões no final de dezembro, mais 41,6 milhões do que em 2020. Desse total, 438,69 milhões referem-se a bilhetes cancelados para e 203,9 milhões para vouchers.
A TAP recorda no seu relatório e contas que “no exercício de 2020, o conselho de administração reviu a política de utilização de documentos de voo pendentes, nomeadamente no que diz respeito à possibilidade de remarcação de bilhetes sem custos adicionais e ao reembolso de bilhetes em vouchers com um aumento e prazos de validade estendidos”. Uma decisão que, aliada ao cancelamento de viagens devido à pandemia de Covid-19, resultou num aumento das responsabilidades registadas.
O auditor sublinha que ainda existem créditos associados ao programa “TAP Miles&Go”: “a responsabilidade associada ao programa de fidelização de clientes, em 31 de dezembro de 2021, ascende a 41 milhões de euros“. Recordam ainda que em 2020 o grupo “optou por prorrogar por 12 meses a validade das milhas atribuídas aos clientes, tendo atualizado, em conformidade, os pressupostos associados ao cálculo desta estimativa”.
A PwC destaca o relatório e contas, onde chama a atenção para os fatores de incerteza que poderão ter impacto material na futura atividade operacional do Grupo TAP SA, nomeadamente as condições de aprovação do plano de reestruturação pela Comissão Europeia, acompanhamento futuro por a parte da Comissão Europeia quanto ao seu cumprimento, os impactos da evolução da pandemia de Covid-19 e o conflito na Ucrânia no setor do transporte aéreo.
Na segunda-feira, dia 11, a TAP apresentou um aumento das perdas para 1.599,1 milhões de euros em 2021, ultrapassando os 1.230 milhões em 2020. Um valor que, ainda assim, fica abaixo dos 1.750 milhões previstos no plano de reestruturação.

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