“A força do clube não reside no palmarés, mas sim no adepto e na cidade”

Vítor Bruno elogiou o trabalho realizado pelos seus jogadores na pré-época e anteviu a Supertaça após vencer o Al Nassr (4-0).

Consumada a oitava vitória em tantos encontros disputados na pré-temporada, Vítor Bruno manteve a tranquilidade habitual e frisou que “a melhor contratação” do mercado de verão “é o treino”: “Os jogadores têm sido fenomenais na forma como têm tentado levar a jogo tudo o que é feito em treino. Perspetivamos uma época difícil, contra adversários de nível alto e que vão exigir de nós o nosso melhor fato”.
O treinador começou por “dar os parabéns ao FC Porto pela homenagem ao Otávio, ao Alex Telles e ao Luís Castro” antes de lembrar que privou “no Olival” com os dois jogadores e construiu “grandes memórias no futebol”. Admirador confesso do técnico que hoje liderou o adversário, elogiou “o conhecimento do jogo” do homólogo e o facto de ter “princípios e normas” nos quais se revê e desejou aos três “uma boa época”.
“Em relação à pré-época” que está na fase de conclusão e foi de “muito trabalho”, serviu para “consolidar muito o que já vinha de trás” e “introduzir uma ou outra ideia nova”, Vítor Bruno explicou que ainda há “um caminho longo a percorrer com a chegada dos internacionais” e é necessário “tentar que todos fiquem imbuídos no mesmo espírito, com o vício permanente pela vitória”.
“Muito alertas”, os Dragões conhecem “o perfil de jogo do Sporting, o que pode fazer enquanto equipa e de que forma pode ferir” e o mister afirmou que pode haver mudanças: “Não quer dizer que no sábado seja aquilo que têm visto recentemente. Há jogadores com perfil diferente que podem transformar o nosso perfil defensivo e ofensivo”.
Os internacionais “vêm com 40 dias de trabalho nas seleções e com um volume muito reduzido”, mas “têm feito um esforço enorme, têm trabalhado muito bem até nas sessões bidiárias”. A semana que esta segunda-feira se inicia servirá para descortinar “qual a melhor maneira de atacar” a Supertaça, sendo que há conhecimento mútuo sobre os pontos fortes e fracos. “São sempre lutas bravas”, realçou o treinador.
Questionado sobre o “ouro da casa”, mais concretamente acerca de Martim Fernandes, que se juntou “ao grupo numa fase importante da época passada”, “deu respostas muito boas em treino” e “a forma como responde aqui em casa contra o Sporting é de alguém que já está preparado”, o técnico frisou que “uns estão num patamar de maturidade diferente” e “outros meninos têm de dar os seus passos”. “O que queremos é que se atirem de forma convicta e desafiadores ao que lhes lançamos”, disse convicto antes de elogiar Rodrigo Mora, que “tem muito para ser desde que perceba que o futebol é mais do que aquilo que Deus lhe deu, que é um talento inato. Pode chegar a um patamar alto de nível europeu”.
Solidário com o “esforço gigante” que “o presidente e administração” têm feito para reter atletas com muitos interessados, o líder do banco portista garantiu por fim que “a grande força de um clube não pode residir apenas no palmarés, mas sim no adepto, cidade”: “Sabemos que se estiverem lá para nós, iremos à boleia deles. O que esperamos é que no sábado estejam em força e nos apoiem como sempre”.