A nova sede da Liga Portuguesa de Futebol tem morada em Ramalde

É um lugar de futebol e um espaço para receber e proporcionar uma totalmente nova experiência aos adeptos. Mas é mais do que isso. É uma casa cujas paredes revestem a coesão social, a regeneração urbana e a valorização territorial. A nova sede da Liga Portuguesa de Futebol tem morada em Ramalde e abriu portas a toda a cidade ao início da tarde desta sexta-feira. O pontapé de saída foi dado pelo presidente da Câmara do Porto, o primeiro-ministro, o ministro dos Assuntos Parlamentares e o presidente da Liga Portugal.
“Arrisco dizer que um projeto tão ambicioso e mobilizador como o Arena Liga Portugal só podia ter lugar no Porto”, afirmou Rui Moreira, referindo-se à forma “intensa” como a cidade vive o futebol e “faz deste desporto um fator de união e convivialidade”.
O autarca reconhece no novo edifício um espaço “que valoriza e promove a cidade” ao mesmo tempo que “celebra a paixão, as emoções, a energia que mobiliza tantos portuenses”.
Ao “consubstanciar uma nova forma de olhar o lugar do futebol no tecido social”, o Arena Liga Portugal vai, igualmente, “vai ao encontro do esforço do Município para revitalizar uma zona periférica e ainda algo precária da cidade”.
Certo de que “não podíamos perder este projeto”, o presidente da Câmara sublinha a regeneração urbana que a empreitada representa para Ramalde, acreditando que esta “vai, certamente, afirmar-se como uma nova centralidade, servindo de catalisador a projetos, atividades e serviços que valorizem a freguesia”.
Recorde-se que o projeto para a construção da nova casa do futebol nasce de uma antiga permuta de terreno, tendo o edifício da antiga sede, na Rua da Constituição, passado para o domínio municipal.
O momento contou com a presença do primeiro-ministro, que não deixou de lembrar como esta é “uma semana de festa para o futebol português”, referindo a escolha do país para coorganizar o Mundial 2023. 
Luís Montenegro sublinhou a “cooperação que a Liga Portugal estabeleceu com a Câmara do Porto, que permitiu manter a sede aqui na cidade”. Para o governante, esta é uma “boa demonstração de que é possível manter as principais organizações e entidades do país descentralizadas e não apenas concentradas em Lisboa”.
O primeiro-ministro congratulou Rui Moreira “por ter contribuído para manter este equipamento aqui e para, dessa maneira, dar a expressão de coesão territorial que o desporto, e o futebol em particular, desempenham enquanto agentes promotores da igualdade de oportunidades no acesso à prática desportiva em por via dela, ao desenvolvimento do talento”.
Luís Montenegro não deixou passar a oportunidade de referir como "o desporto incute valores às pessoas e à sociedade que são determinantes para podermos projetar um país evoluído".
Anfitrião na nova casa do futebol na cidade do Porto, o presidente da Liga Portugal deu a todos as “boas vindas ao futuro, à Arena que nos une” a um espaço “para iniciar uma nova relação com os adeptos, a essência da nossa existência”.
Nas palavras de Pedro Proença, o Arena Liga Portugal é um lugar “para aproximar o futebol das pessoas, da comunidade, para estreitar os laços com aqueles que, como nós, vivem este desporto de forma absolutamente apaixonada”.
Mas, para o responsável do futebol profissional, “este é muito mais do que um edifício. É um cruzamento do passado, do presente e do futuro” e que irá promover “o crescimento do futebol português, que começará da Arena para o mundo”.
Pedro Proença não deixou passar o papel do presidente da Câmara do Porto que “desde a primeira hora acreditou neste nosso projeto”.
Também presente na inauguração, o presidente da Associação de Futebol do Porto (AFP) fez referência à “visão estratégica” de Rui Moreira “nesta permuta feita com a Liga Portugal” para um espaço “aberto à cidade, alimentando a ambição que faz a diferença”.
José Manuel Neves lembra que a nova sede terá como vizinho o Centro de Formação da AFP, um espaço “não só de futebol, mas de regeneração urbana, para todas as pessoas”. “Esta proximidade [com as estruturas distritais e locais] simboliza uma visão partilhada de progresso e inovação”, reforça.
O investimento, totalmente privado, de 18 milhões de euros dá forma à visão do atelier de arquitetura portuense OODA, igualmente responsável pela obra do Matadouro de Campanhã.
A casa do futebol em Ramalde dará à Liga Portuguesa de Futebol escritórios e áreas administrativas, mas a cidade ganhará um campo de jogos, um museu, um auditório, espaço para encontros e desenvolvimento de negócios, assim como para formação e coworking, incluindo uma incubadora de empresas.
Os adeptos da modalidade poderão, ainda, usufruir de um recinto com relva artificial que tem uma bancada para 300 pessoas, de um espaço para crianças e jovens aprenderem a técnica futebolística, de uma área para os “e-sports” e de uma zona de restauração com vários ecrãs para assistir aos jogos.Em mais de 18 mil metros quadrados, destaque para uma área verde superior aos cinco mil metros quadrados, com cerca de 11 mil espécies, para os 96 painéis fotovoltaicos e o sistema de reutilização de águas pluviais.
Além de todas as valências, o presidente da Câmara enalteceu, igualmente, a arquitetura do espaço, que se junta a uma “galeria de edifícios que emprestam qualidade e atratividade à nossa cidade”.
“O Arena Liga Portugal consolida a posição do Porto quer como cidade de futebol, quer como cidade na vanguarda da arquitetura”, reforça Rui Moreira.

Fonte: CM Porto

Foto: CMP/Nuno Miguel Coelho