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O Primeiro de Janeiro

12 Sep 2022, 0:00

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Alojamento Universitário: "Pediram-me 600 euros por um quarto numa roulotte"

Estudantes do ensino superior do Porto "estão colocados, mas desalojados", diz Federação Académica. 
 
Os estudantes do ensino superior continuam a ter dificuldades em encontrar alojamento na zona universitária. Em causa está a escassez de residências, quartos para alugar e os preços cobrados.
Esta situação têm gerado a revolta na comunidade estudantil. No Porto, houve mesmo alunos que dormiram em frente à Reitoria da Universidade do Porto como forma de protesto contra à escassez de oferta e aos altos preços praticados.
Presidente da FA do Porto disse que "pedidos de ajuda multiplicam-se, numa caixa de entrada que não consegue acudir todos".
A presidente da Federação Académica do Porto (FAP), Ana Gabriela Cabilhas, manifestou-se esta segunda-feira "preocupada" com a falta de alojamento para os estudantes que chegam ao ensino superior, referindo que "estão colocados, mas desalojados".
"Os pedidos de ajuda com o alojamento multiplicam-se numa caixa de entrada que não consegue acudir todos os estudantes. Os preços elevados mantêm-se, o número de quartos disponíveis está a diminuir com a retoma do turismo e o impacto da presente inflação não é previsível, nomeadamente nas empreitadas das residências já calculadas no PPR [Plano de Recuperação e Resiliência]", afirmou. 
Assim, considera Ana Gabriela Cabilhas, "prolonga-se o problema do alojamento académico, sem fim à vista".
Na semana em que os estudantes conhecem as faculdades que os vão acolher nos próximos anos, a FAP não esconde os desafios que estes terão de enfrentar.
À vulnerabilidade já mencionada, acresce "a falta de apoio à saúde mental dos estudantes".
"É necessário o reforço da contratação de psicólogos e ainda a integração do Ensino Superior nas estratégias definidas no Programa Nacional para a Saúde Mental. Este é um momento de particular desafio, que requer a integração e adaptação a uma nova cidade e novas rotinas, pelo que nenhum estudante poderá ficar em risco de abandono escolar", alerta, em comunicado, a presidente da FAP.
Considera ainda que "a habitação e a qualidade do ensino, em todas as suas esferas, devem estar asseguradas", mas isso "pode ser posto em causa com o financiamento atribuído às instituições de ensino superior, que já era insuficiente
antes do contexto de inflação atual".
Representante de 27 associações de estudantes da Área Metropolitana do Porto e mais de 70.000 estudantes, a FAP "está disponível para colaborar em todas as temáticas referentes ao Ensino Superior e ao ano letivo 2022/23, em especial", acrescenta.
A FAP compromete-se, "além de defender os interesses do estudante", a garantir que "nunca estarão sozinhos, desde o primeiro até ao último dia".
A federação felicita todos os que, a partir desta segunda-feira, serão parte integrante da academia do Porto e refere que as sessões de esclarecimento e receção têm início já na próxima semana, num ano que se espera sem contrariedades pandémicas. 

 

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