26 Jan 2022, 0:00
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Nova linha Porto-Lisboa implica a terceira travessia ferroviária. Estação de Campanhã precisa de "apeadeiro" subterrâneo.
A nova linha Porto-Lisboa vai obrigar à construção de uma nova ponte ferroviária entre a cidade Invicta e Vila Nova de Gaia. A Infraestruturas de Portugal (IP) confirmou ao Dinheiro Vivo que a nova travessia será necessária para os comboios de alta velocidade pararem na cidade do Porto. A obra sobre carris também levará à ampliação da estação de Campanhã.
A IP solicitou um "estudo de opções para um novo atravessamento do rio Douro" ao laboratório Edgar Cardoso, segundo contrato publicado em 10 de janeiro no portal Base.
Fonte oficial da empresa alega que será preciso construir uma nova travessia porque a atual ponte de São João "encontra-se no limite da sua capacidade" e não conseguirá "acomodar o serviço de alta velocidade".
Não é bem assim, dizem. O projeto da ponte de São João previa um máximo de 400 circulações de comboios por dia. No ano passado, segundo a própria IP, houve uma média diária de 147 composições (mercadorias incluídas) a atravessarem o rio Douro entre Porto e Vila Nova de Gaia. É menos de metade da capacidade permitida.
No entanto, a nova travessia será necessária por motivos técnicos. No final da ponte de São João, do lado de Gaia, não é posssível inserir, totalmente em curva, uma nova linha de alta velocidade. Por causa disso, é obrigatória a terceira ponte ferroviária sobre o Douro.
Localizada entre a ponte de São João e a ponte rodoviária do Freixo, a nova travessia ferroviária dará acesso à estação de Campanhã, passando sobre a praia fluvial do Areinho (em Gaia) e os terrenos da Mota-Engil (no Porto). A altura do tabuleiro será abaixo da cota da ponte do Freixo.