Alta velocidade vai urbanizar uma Noêda mantendo os elementos únicos da zona

Considerando a zona “encravada entre a VCI e a linha de caminho-de-ferro e a Rua do Freixo, com acessos muito precários e sem qualquer qualidade urbana”, o presidente da Câmara contraria o exposto no documento dizendo que “contrariamente ao referido, afigura-se que neste momento é que a Noêda não tem futuro”.

A vereadora Ilda Figueiredo propunha o “estudo de alternativas [ao Plano de urbanização de Campanhã (PUC) para acomodar a linha de alta velocidade] visando a preservação de Noêda”. Rui Moreira sublinhou que “não existe qualquer possibilidade de um arruamento alternativo de ligação da marginal à Estação de Campanhã/TIC, ao traçado preconizado no PDM”.

O autarca lembrou que a solução para a criação da “nova Rua do Freixo” foi “profundamente estudada” e já constava do PDM de 2006 e foi “mantida como válida e necessária no PDM atual”, ainda que “o seu traçado ainda se encontre em estudo no âmbito do desenvolvimento do PUC”.

A construção deste arruamento traz consigo a necessidade de algumas expropriações, ainda não contabilizadas. Relativamente ao curso de água que atravessa a zona, este será mantido, “conforme princípios definidos no PDM”.

A vereadora da CDU afirmou que trazia à discussão uma proposta dos moradores de Noêda, mas o presidente da Câmara confirmou que “até à data, não foi rececionada qualquer participação dos moradores ou das três associações”, referidas na recomendação.

Rui Moreira acrescenta que o desenho do plano de urbanização teve em atenção “a delicada estrutura desta zona, cujas caraterísticas rurais são integradas ou preservadas dentro do ambiente urbano, sendo proposta a reabilitação e o cerzir desta malha urbana, mantendo o seu caráter”.

“Preservar a Noêda tal como se encontra é sustentar o ‘urbanismo dos pobrezinhos’, que pode ser muito caraterístico, mas que não garante as necessárias infraestruturas urbanas nem qualidade de vida. A solução para esta área, tal como está a ser pensada no PUC, integra esta área na cidade do Porto, mas preserva os seus elementos mais caraterizadores”, reforça o presidente.

Além do estudo de alternativas, a proposta da CDU mencionava a criação de um centro de estudos de ruralidades urbanas, mas foi chumbada apenas com os votos favoráveis da vereadora Ilda Figueiredo e do PS e com a abstenção do Bloco de Esquerda.

Apesar de votar a favor, a vereadora do PS, Rosário Gambôa enalteceu o papel do Município que “acabou de nos dar conta de que está a atento às circunstâncias, a questões de preservação urbanística e ambiental”.

Por seu lado, Alberto Machado, do PSD, considera que “o TGV é absolutamente fundamental” e, por isso, “não podemos deixar que se perpetuem estudos e depois ficarmos com a ponte no meio do rio”.

 

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