AMP vai reunir-se com motoristas admitindo arranque misto da nova rede

A Área Metropolitana do Porto (AMP) vai envolver-se na transição dos motoristas entre os atuais operadores e as empresas da futura rede de autocarros, disse hoje o presidente à Lusa, admitindo um "arranque misto" da nova operação.

“Uma das coisas que vamos fazer e que até hoje não fizemos, porque não era legítimo fazer, é envolvermo-nos no processo de transferência dos trabalhadores", disse hoje Eduardo Vítor Rodrigues à Lusa, no dia em que o Tribunal de Contas (TdC) deu visto aos contratos da nova rede de transportes da AMP, que envolve todos os 17 municípios exceto o Porto, onde a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) opera em exclusividade.

Em causa está o concurso público de 394 milhões de euros que acaba com um modelo de concessões linha a linha herdado de 1948 e abrange uma nova rede uniformizada de 439 linhas, incluindo bilhete Andante, com a frota de autocarros a apresentar "uma imagem comum em todo o território".

O processo foi marcado, ao longo dos anos, por sucessivas impugnações por parte de alguns dos atuais operadores no terreno, que perderam o concurso público e operam, atualmente, ao abrigo de licenças provisórias que caducam no dia 03 de dezembro deste ano.

Hoje, a AMP anunciou que o TdC deu "o visto aos cinco lotes do Concurso Público Internacional para Aquisição do Serviço Público de Transporte Rodoviário de Passageiros na Área Metropolitana do Porto", cuja marca de operação já foi apresentada e chama-se UNIR, e os autocarros deverão ser sobretudo azuis, pretos e brancos.

Para a transição dos motoristas entre atuais e futuros operadores, segundo o também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, o objetivo é "garantir aquilo que sempre" a AMP defendeu: "que os trabalhadores estavam defendidos, estavam protegidos", disse hoje à Lusa.

No dia 29 de novembro, aquando da assinatura de quatro de cinco contratos, cerca de 100 motoristas manifestaram-se em frente à sede da AMP, no Porto, receosos face à possível perda de emprego com a mudança de operadores do serviço na região.

Eduardo Vítor Rodrigues admitiu ainda hoje à Lusa um "arranque misto" da nova rede com 439 linhas e dividida em cinco lotes, referindo que "dentro do mesmo lote pode haver uma etapa transitória, que aliás o caderno de encargos prevê, em que coabitem os dois serviços", o atual e o novo.

"O processo de transição é um processo muito flexível, agora vai depender das empresas que vão deixar o serviço e daquelas que vão tomar o serviço", disse, esperando por "bom senso de toda a parte", agora que se iniciou o período de transição de seis meses.

Eduardo Vítor Rodrigues reconheceu que a obtenção do visto "veio com muita agilidade" em termos de calendário, admitindo "se possível em maio, se possível em junho, ter rapidamente a operação no terreno".

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