27 Feb 2023, 0:00
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A Área Metropolitana do Porto (AMP) tem mais de sete mil famílias à espera de uma habitação social. Contudo, o número de fogos municipais em construção por parte das autarquias é insuficiente para dar resposta a tantas pessoas.
Portugal vive um problema sério de oferta no mercado habitacional. A relação entre o preço das casas e os rendimentos auferidos põe em dificuldades habitantes de vários pontos do país, com destaque para as Áreas Metropolitanas.
Com a alta inflação como pano de fundo, os custos da construção a subir, a crise energética e as taxas de juro, o panorama da habitação em território nacional é uma bola de neve crescente.
Perante este cenário, a habitação social tem ganho cada vez mais expressão, sendo que o volume de candidaturas tem registado um incremento ano após ano. No entanto, as soluções propostas pelos Municípios para colmatar as dificuldades sentidas tem-se revelado insuficiente, como avança o JN. À exceção do Porto, a oferta de habitação social não aumentou nos últimos anos em diversos municípios.
Para se ter uma noção, a maior lista de espera é a de Matosinhos, com 1593 famílias em lista de espera. A Maia é o município que se segue com 1256, e Gaia com 1091.
No que diz respeito à Área Metropolitana do Porto, existem apenas dois concelhos que conseguirão colmatar todos os pedidos de habitação social. Póvoa de Varzim e Arouca.
No que concerne à Póvoa, há cerca de 100 agregados familiares à espera de fogos municipais, sendo que a autarquia prevê construir 104 habitações municipais.
Já a realidade arouquesa diz que o número de casas a construir é exatamente igual ao número de candidaturas, 34.
Nos restantes concelhos, as habitações sociais a construir são inferiores ao número de pedidos. Um retrato que expressa a urgência de respostas por parte da tutela e dos municípios.