7 Jan 2022, 0:00
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O presidente da Associação Bares da Movida do Porto e da Zona Histórica disseram hoje ser "incompreensível" a obrigatoriedade de um teste à covid-19 negativo para o acesso aos espaços, defendendo que abrem com "fortes limitações à liberdade".
"Convém lembrar que vamos abrir, mas com fortes limitações à liberdade. Os apoios são importantíssimos para que o setor não feche de vez", afirmou o presidente da Associação Bares da Movida do Porto, Miguel Simões.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou ontem, quinta-feira, que as discotecas e bares do território continental vão poder reabrir no dia 14 de janeiro, mantendo-se a exigência de um teste à covid-19 negativo para acesso aos espaços.
A reabertura na sexta-feira da próxima semana é acompanhada da "proibição de consumo de bebidas alcoólicas na via pública", referiu o governante.
Miguel Camões salientou que em dezembro, mês em que as medidas eram similares às agora anunciadas pelo Governo, "o setor teve quebras significativas".
Também o presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto, António Fonseca, disse ser "incompreensível" a obrigatoriedade do teste, considerando que a medida "não faz sentido".
"Esta exigência continua a ser a continuação de uma machadada num setor que nunca provocou nenhum surto pandémico", referiu.
António Fonseca acusou ainda o Governo de ter mostrado "desprezo" e "insensibilidade" para com o setor da diversão nocturna e das famílias que dependem do mesmo, defendendo ser necessário o alargamento das moratórias por mais 18 meses e que "seja o Governo a assegurar" as moratórias vencidas.