14 Dec 2023, 0:00
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Na madrugada de 13 de dezembro, ativistas pró-Palestina e solidárias com o Coletivo pela Libertação da Palestina pintaram a loja da Zara na Rua Santa Catarina, no Porto, com tinta vermelha e mensagens de repúdio face à nova campanha publicitaria da marca. Nessa ação de marketing, modelos pousam no meio de destruição urbana, segurando manequins embrulhados em lençóis brancos, uma cena demasiado próxima da realidade de Gaza neste momento.
As ativistas deixaram claro, nas paredes da Zara, que esta campanha não é um mal-entendido e, muito menos, um acidente isolado, ao contrário do que a empresa anunciou. É, sim, o resultado de anos de declarações sionistas e ações que atentam contra a justiça e autodeterminação do povo palestiniano por parte de oficiais da Zara e da Inditex (grupo empresarial a que pertence). É conhecido o apoio eleitoral oferecido por líderes desta holding a Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança Nacional israelita e figura central da extrema-direita sionista que se assume como racista, xenófobo, antipalestiniano e homofóbico.
Esta semana foi também notícia que a marca desportiva Puma deixará de patrocinar a equipa nacional israelita. Já a cadeia de cafés Starbucks teve perdas de cerca de 11 mil milhões de dólares desde o dia 7 de outubro, devido a greves e à ação da campanha internacional BDS, que apela ao boicote, desinvestimento e sanção ao projeto colonial sionista. Ativistas noutros locais do mundo estão também a manifestarem-se e a apoiarem o boicote contra marcas como a HP, o McDonalds e Zara.