5 Apr 2024, 14:54
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Vários autarcas da Área Metropolitana do Porto (AMP), especialmente os abrangidos pelo lote 5 da rede de autocarros Unir, ameaçaram esta sexta-feira com procedimentos contratuais e até jurídicos contra os operadores que, passados quatro meses, continuam sem publicar horários, revela o JN.
Também o Porto Canal divulgou o aviso de Jorge Sequeira, vice-presidente da AMP "nós estamos a levar a cabo todas as diligências junto da empresa para que isso aconteça, mas há um tempo para tudo, e teremos efetivamente de chegar a um ponto, a muito breve trecho, em que serão aplicadas as medidas contratuais e judiciais necessárias para resolver esta situação de imediato".
Em causa, para o também autarca de São João da Madeira, município incluído no lote 5 da rede Unir (juntamente com Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis, Arouca e Vale de Cambra) está a não publicação de horários, quatro meses após o arranque da nova rede.
"Mas, de facto, estamos a chegar mesmo ao limite e terá de ser muito rápido e muito breve. Eu sei que nós temos contactos, as câmaras com a AMP, mesmo aos fins de semana e feriados há contactos e diligências, mas o que podemos dizer é que esse momento está próximo", disse aos jornalistas no final da reunião de hoje do Conselho Metropolitano do Porto, que reúne os 17 municípios da região.
Segundo o mesmo órgão de informação, Jorge Sequeira afirma que os autarcas têm sido tolerantes por compreenderem que a rede Unir "é uma operação de grande envergadura e de grande escala, porque envolve uma grande mobilização de meios humanos e de meios materiais, e que há um período normal de adaptação", mas "há questões às quais não estão a ser dadas respostas".
"É bizarro que uma operação de transportes públicos decorra sem que as pessoas conheçam os horários e as frequências desses mesmos transportes", considerou, reconhecendo que "os cidadãos que se queixam têm toda a razão em queixar-se".