25 Jan 2024, 0:00
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“O banco consolida um ano de forte crescimento em todas as rubricas da conta de resultados, com uma margem bruta, que agrega todas as receitas, a alcançar os 2.661 milhões de euros, mais 28%, graças à evolução favorável das taxas de juro e a uma maior dinâmica comercial“, afirmou, em comunicado.
O Bankinter salientou que este resultado verificou-se apesar do impacto do novo imposto sobre o setor financeiro em Espanha, que se fixou em 77 milhões de euros para o banco.
Quanto aos diferentes rácios da conta de resultados, a rentabilidade sobre capitais próprios, ROE, alcançou um nível histórico no banco: 17,1% face aos 12% de há um ano, com um ROTE de 18,2%, os melhores valores entre o setor financeiro em Espanha.
O rácio de capital CET1 fully loaded alcançou, por sua vez, 12,3%, quando o mínimo exigido pelo Banco Central Europeu ao Bankinter é 7,8%, o mais baixo da banca cotada em Espanha.
Segundo a ECO, a margem de juros alcançou os 2.213,5 milhões de euros, o que representa um crescimento de 44% em relação ao final de 2022. Quanto à margem bruta, que engloba todas as receitas do grupo, atingiu um valor recorde de 2.660,5 milhões de euros, com um crescimento de 27,7% no ano. A taxa de crescimento anual da margem bruta nos últimos cinco exercícios foi de 13%.
As receitas de comissões cobradas pelos diversos serviços e atividades de valor disponibilizados pelo banco aos seus clientes ascenderam aos 817 milhões de euros, sendo 196 milhões de euros provenientes do negócio de Gestão de Ativos.
Neste âmbito, o banco destacou o negócio de cobranças e pagamentos, com 182 milhões de euros, com um crescimento de 10% no ano, e o da transação de valores, com 121 milhões de euros, também com uma subida 10%.
O banco adiantou que “o Bankinter Portugal continua a registar um crescimento da sua atividade comercial, alcançando um resultado antes de impostos de 166 milhões de euros em 2023, mais 114% do que no ano anterior”.
Sublinhou que, considerando as várias geografias nas quais o banco opera, para além de Espanha, “destaca-se Portugal, cujo contributo para a margem bruta do banco alcança já 10%, e que este ano superou as expectativas com um excelente resultado em todos os seus indicadores”.
Relativamente à carteira de crédito, segundo o mesmo órgão de informação, o Bankinter Portugal conclui 2023 com 9.200 milhões de euros, mais 16% do que há um ano, correspondendo 6.100 milhões à banca comercial e o restante valor à banca de empresas; e isto com um rácio de mora de 1,3%.
Por seu turno, os recursos de clientes crescem 32% até aos 8.400 milhões de euros, enquanto os recursos geridos fora do balanço crescem 2% até aos 4.000 milhões de euros.
A gestão desse balanço reflete-se na boa evolução que demonstram todas as rubricas da conta de resultados, explicou. “Assim, a margem de juros cresce 85%, a margem bruta cresce 61% e a margem antes de provisões regista um incremento de 112%”.
“Tudo isto contribui para um resultado antes de impostos que dispara até aos 166 milhões de euros, 114% acima do valor registado há um ano”, referiu, adiantando que o rácio de eficiência do Bankinter Portugal continua a sua trajetória de melhoria, situando-se nos 33,4% face aos 49,5% de há um ano.