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O Primeiro de Janeiro

18 Apr 2024, 7:59

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Biblioteca Pública do Porto prepara a mudança de um milhão de documentos

Na Biblioteca Pública Municipal do Porto começa a preparar-se a mudança dos cerca de um milhão de documentos que deverão ser removidos até dezembro, mês em que se prevê o início da obra de reabilitação e ampliação.

Duas semanas depois do encerramento, o trabalho da equipa técnica da biblioteca é intenso. Até ao início das obras, previsto para dezembro, toda a documentação terá de ser empacotada, avança o Porto Canal.

Esse trabalho já começou e uma sala no rés-do-chão serve de amostra daquilo em que se irão transformar em breve os vários espaços desta biblioteca.

Naquela pequena sala, centenas de caixas vão sendo acomodadas em pilha. Algumas com dezenas de livros no seu interior, outras com periódicos que contam as diversas notícias destes e de outros tempos.

Cada caixa contém um bilhete de identidade, que assegura quais são os documentos ali acomodados e que vão partir para custódia, onde permanecerão até à conclusão das obras.

Nesta biblioteca a perder de vista, residem cerca de um milhão de documentos, o equivalente a cerca de 20 quilómetros.

O terceiro e último piso do edifício, que desde 1842 alberga a biblioteca, abriga o depósito de monografias. O segundo, monografias e o livro antigo. O primeiro a biblioteca sonora e o rés-do-chão os periódicos.

Cada sala é aparentemente idêntica à primeira e a quase todas, mas cada documento é único e insubstituível.

Se os 12.000 metros de monografias estão organizados por período temporal, com as mais antigas nas estantes interiores e as recentes nas laterais, os 3.500 metros de livro antigo são maioritariamente organizados por peso, com as últimas prateleiras de cada estante a acomodar os mais pesados.

Destinada a pessoas cegas ou com dificuldade em folhear livros, nesta biblioteca existem 5.800 livros em cassetes e 2.100 livros digitalizados.

No total, vão ser transferidos 70.000 documentos para a biblioteca situada nos jardins do Palácio de Cristal, tendo por base critérios de procura e de áreas temáticas.

No rés-do-chão da biblioteca, residem 7.500 metros de periódicos.

Milhares de jornais, boletins, revistas e anuários, cujo material frágil não foi feito para durar, são guardados e tratados com os maiores dos cuidados em cinco salas. Vão do século XVII à atualidade, sendo o mais antigo a "Gazeta da Restauração", que remonta a 1641.

Durante as obras, os tesouros da Casa Forte vão sair da biblioteca, "mas não das mãos da câmara", que irá salvaguardar estes documentos num dos espaços do município, contou à Lusa Sílvia Faria, chefe da divisão municipal de bibliotecas.

Ainda que ao cuidado da autarquia, estes documentos implicam o cumprimento de parâmetros específicos de humidade relativa, temperatura e segurança. A temperatura deverá variar entre os 18 e 21 graus e a humidade entre 45 a 50%.

Estes parâmetros terão de se manter na nova casa forte da renovada biblioteca, que será um espaço epóxico.

 

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