24 May 2022, 0:00
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A carga fiscal sobre rendimentos do trabalho em Portugal subiu 0,3 pontos percentuais, para 41,8%, em 2021 face a 2020, em contraciclo com a quebra de 0,06 pontos percentuais, para 34,6%, da média da OCDE, aponta hoje um relatório.
Segundo o relatório ‘Taxing Wages 2022’ da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em 2021 Portugal era o 10.º (11.º em 2020) entre os 38 países membros da organização com o peso mais elevado da carga fiscal (IRS e contribuições para a Segurança Social pagos pelo trabalhador e pelo empregador) sobre o trabalhador médio, numa lista liderada pela Bélgica (com 52,6%), Alemanha (48,1%) e Áustria (47,8%) e onde a Colômbia, com uma carga fiscal de 0,0%, ocupa a última posição.
A subida registada em Portugal acontece em contraciclo com o ligeiro recuo de 0,06 pontos percentuais registado na média da carga fiscal dos países da OCDE, recuo esse que resultou de “diminuições significativas num pequeno número de países”, com destaque para a República Checa (-4,12 pontos percentuais), Grécia (-2,23 pontos percentuais), Letónia (-1,73 pontos percentuais) e Austrália (-1,25 pontos percentuais).
Entre 2020 e 2021, a carga fiscal sobre o custo do trabalho aumentou em 24 países da OCDE, diminuiu em 12 países e permaneceu no mesmo nível para o trabalhador solteiro médio na Colômbia e na Costa Rica.