8 Aug 2022, 0:00
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Em 2020, a CP adquiriu à espanhola Renfe 51 carruagens ARCO, consideradas "sucata", por 1,6 milhões de euros. Durante dois anos, o material circulante foi recuperado nas oficinas da empresa em Guifões, Matosinhos. Em julho de 2022, depois de ultrapassada a fase de testes e certificação, os novos equipamentos entraram ao serviço na Linha do Minho e são hoje os mais modernos da frota da CP. Reveja os momentos-chave daquela que é considerada “uma história de sucesso” com carimbo português.
"Ainda teremos um comboio integralmente português", disse o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
O ministro referiu que as remodeladas carruagens Arco, compradas a Espanha e que circularão na linha do Minho, visando construir "um comboio integralmente português" no futuro. "Ainda teremos um comboio integralmente português. Aí chegaremos. Só um país que ambiciona, que sonha, que faz, que concretiza e que respeita o seu povo é que poderá algum dia ser rico", disse o governante na estação de comboios de Valença, no distrito de Viana do Castelo.
O ministro relembrou que a remodelação das carruagens Arco incorporou cerca de 95% de materiais e tecnologias feitas em Portugal, frisando que "num país que não é rico, é assim que se trabalha". "Põe-se novo com os nossos trabalhadores, com as nossas empresas, com empresas portuguesas. 95% do que está cá, em cada uma destas carruagens, é feito em Portugal, por mais de cinco dezenas de empresas portuguesas", detalhou Pedro Nuno Santos. "A preocupação do Governo é "a mobilidade", conseguir "tirar carros" das estradas portuguesas e "contribuir para a melhoria do ambiente" em Portugal.
O responsável da empresa ferroviária referiu que as carruagens estão e são "novas", lembrando que aquando da compra a Espanha foram apelidadas de "sucata".
Já o presidente da Câmara de Valença, José Manuel Carpinteira, pediu a redução do preço do passe para circular na linha do Minho, "para incentivar ao uso e utilização do comboio", e também "que haja mais frequência de comboios entre Vigo e o Porto, mas pelo menos entre Valença e Viana".