Centenário da morte de Aurélia de Sousa assinalada com lançamento de um catálogo integral da obra da artista

No ano do centenário da morte da pintora Aurélia de Sousa, o Museu Nacional Soares dos Reis, o Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova e a Universidade Católica Portuguesa estão a preparar o catálogo integral da obra da artista, a publicar em formato ebook e edição impressa.

O 'catálogo Raisonné' - por definição, um catálogo com listagem descritiva e anotada, imagens e documentos de contextualização da obra da pintora -, vai integrar toda a obra de Maria Aurélia Martins de Sousa. O levantamento conta já com mais de 300 obras.
O projeto, iniciado em 2020, está a ser conduzido pela historiadora de arte Raquel Henriques da Silva e tem a parceria das câmaras municipais do Porto e de Matosinhos. O catálogo deverá contar com a elaboração de um inventário sistemático e com o registo fotográfico de toda a obra de Aurélia de Sousa em coleções públicas e particulares.
Natural de Valparaíso (Chile), onde nasceu em junho de 1866, Aurélia de Sousa fixou-se no Porto, aos três anos de idade, quando os pais, emigrantes portugueses na América Latina, regressaram ao país.
Autora de uma das obras de referência da arte portuguesa – "Autorretrato" (1900), da coleção do Museu Nacional Soares dos Reis –, entrou na Academia Portuense de Belas Artes (1893/1898), com 27 anos, tendo desenvolvido uma “carreira reservada” e “algo tanto arredada dos meios artísticos da cidade, apesar da participação regular em exposições coletivas”, como recorda, em comunicado, o Museu Soares dos Reis.
Em 2016, quando se cumpriram 150 anos sobre o seu nascimento, as câmaras do Porto e de Matosinhos coordenaram-se na exposição “Aurélia, mulher artista”, comissariada por Filipa Lowndes Vicente. A mostra esteve patente em dois polos, nas duas cidades, respetivamente na Casa Museu Marta Ortigão Sampaio e no Museu da Quinta de Santiago.
Dessa mostra foi publicado o livro "Aurélia de Sousa - mulher artista (1866-1922)", com vários ensaios dedicados à vida e obra da pintora e fotógrafa portuense, igualmente coordenado por Lowndes Vicente.
"Conservadora nos motivos, genial e inovadora no traço e na composição, Aurélia de Sousa deu continuidade ao naturalismo que imperava na pintura portuguesa do seu tempo, acrescentando-lhe apontamentos impressionistas, realistas e até mesmo neo-realistas", lê-se nessa obra.
Aurélia de Sousa morreu no Porto, em 1922, a poucos dias de completar 26 anos.

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