10 Jul 2023, 0:00
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As 101 empresas signatárias do “Pacto para Mais e Melhores Empregos para os Jovens”, uma iniciativa promovida pela Fundação José Neves, reúnem-se esta segunda-feira, em Lisboa, e estimam aumentar a contratação de jovens em 13% até 2026.
O “Pacto para Mais e Melhores Empregos para os Jovens” foi lançado em 19 de janeiro com as primeiras 50 empresas e esta segunda-feira realiza-se, em Lisboa, a segunda reunião com objetivo de formalizar a adesão de 51 novas empresas, segundo um comunicado da fundação.
De acordo com a nota, o pacto conta agora com 101 empresas “com cerca de 76.000 milhões de euros de volume de negócios, 260.000 trabalhadores, dos quais 45.000 jovens”.
Na reunião desta segunda-feira, que se realiza no Picadeiro Real de Belém, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, serão apresentadas as estimativas de impacto até 2026.
As empresas associadas estimam um “aumento de 13% dos jovens contratados”, bem como um crescimento em 9% dos jovens com contrato sem termo em 2026, indica a fundação.
Preveem ainda um aumento de 7% dos jovens com ensino superior com salários acima dos 1.320 euros em 2026 e uma subida de 3% dos jovens com ensino superior a trabalharem em funções adequadas ao seu nível de escolaridade.
Outro dos objetivos, segundo o comunicado, é o “aumento de 7% dos jovens que permaneceram nas empresas dois anos consecutivos em 2026”.
As empresas signatárias foram inquiridas pela Fundação José Neves acerca das soluções necessárias para ultrapassarem os desafios com vista a atingirem as metas do pacto.
Para atrair e reter jovens, as empresas defendem incentivos fiscais e benefícios para jovens trabalhadores, bem como políticas flexíveis de gestão do tempo de trabalho e de férias ou o reforço e valorização do ensino profissional.
No sentido de garantir emprego de qualidade aos jovens, as empresas propõem “condições salariais dignas e pacotes de benefícios atrativos”, “níveis remuneratórios mínimos de acordo com a qualificação dos jovens e a responsabilidade que assumam nas suas funções” ou “majorar apoios a empresas que investem em contratação permanente”.
Uma maior proximidade entre o mundo empresarial e a educação é outra das soluções apontadas.
Entre as 101 empresas do pacto incluem-se a Altice, a Bial, a Cuf, o BPI, a Brisa, os CTT, a EDP, a Galp, a NOS, a Vodafone, a REN, o Santander, a SIBS, a The Navigator, a Farfetch, a Bosh, a Logoplaste, a TAP, a ANA, o Banco de Portugal ou o Grupo BEL.
"As empresas signatárias do pacto reconhecem a urgência em atuar de forma estratégica e em unir esforços no sentido de promover o emprego dos jovens e de criar condições de emprego mais atrativas para estes, alinhadas com as expectativas individuais e nacionais", explica a Fundação José Neves.
O presidente executivo da fundação, Carlos Oliveira, realça que “esta reunião de acompanhamento, para além de definir o grupo final de empresas aderentes, e que representa uma parte muito relevante do universo empresarial português, reforça o compromisso e o impacto potencial do pacto".
A iniciativa conta com o alto patrocínio do Presidente da República, da Fundação José Neves e da Secretaria de Estado do Trabalho, sendo ainda entidades associadas a Associação Business Roundtable Portugal, o Conselho Nacional de Juventude (CNJ), o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e o Observatório do Emprego Jovem (OEJ).
O pacto considera jovens até aos 29 anos, inclusive, e as metas de progresso até 2026 são diferenciadas, "de acordo com a margem de progresso potencial de cada empresa, pelo que os compromissos de progresso poderão variar entre os 3 p.p. [pontos percentuais] e os 12 p.p. até 2026 nos vários indicadores", explica a fundação.
Lusa