15 Dec 2022, 0:00
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O ministro da Administração Interna admite que é possível e desejável melhorar o sistema de avisos da proteção civil à população quando há eventos adversos, como o mau tempo, o mesmo acontecendo com a declaração de contingência.
Em entrevista à Rádio Renascença, José Luís Carneiro diz que o Governo já tinha tirado "esta ilação dos incêndios do último Verão", admitindo que é possível cada vez mais, nomeadamente com a utilização da inteligência artificial, poder "direcionar a tipologia de mensagens".
"Por exemplo, a determinação da situação de alerta não incide da mesma forma em todos os territórios do país", exemplificou.
Na semana passada, a propósito das fortes chuvas e das inundações que provocaram na Grande Lisboa, vários meteorologistas criticaram a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), considerando tardio o acionamento do alerta laranja no mau tempo.
Entretanto, o presidente da ANEPC, Duarte da Costa, devolveu as críticas, garantindo que o sistema funcionou e que houve vários alertas antes do temporal que provocou o caos na região da grande Lisboa. Contudo, só esta semana, com a continuação do mau tempo, é que a proteção civil enviou SMS à população.
Questionado sobre o assunto, o ministro responde: "Em função dos avisos que foram emitidos por parte do IPMA, a Autoridade Nacional de Emergência e a Proteção Civil efetuou os seus avisos, que são comunicados para as autoridades municipais de proteção civil".
"Do ponto de vista técnico, é preciso um tempo mínimo indispensável para que se possam direcionar os avisos à população para determinados territórios, para determinadas regiões. Isto é feito para efeitos de envio de SMS", acrescentou.
A passagem do aviso amarelo para o aviso laranja - insistiu -- "não foi em condições de tempo suficientes para que se pudesse ativar para os territórios municipais específicos".