8 Jun 2022, 0:00
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A empreitada do icónico Cinema Batalha, no Porto, ficará concluída no final de julho, mas aquele equipamento cultural, cujos frescos de Júlio Pomar, “gravados nos anos 1940 e, entretanto, escondidos pela polícia política do anterior regime”, foram recuperados, só abrirá portas “no último trimestre de 2022”, adiantou a autarquia.
Irão seguir-se “os ensaios e vistorias necessárias para o futuro funcionamento do edifício” e “no final do mês de agosto está previsto proceder à receção provisória da empreitada”, indica a administradora executiva Cátia Meirinhos, citada pelo portal de notícias da Câmara do Porto. Depois de equipado o edifício, este “abrirá portas” no último trimestre de 2022.
A autarquia portuense admite que “o decurso dos trabalhos conheceu algumas vicissitudes, já que o edifício apresentava uma maior degradação do que era esperada, fruto da sua não utilização, para além de algumas alterações ao projeto solicitadas pela Inspeção Geral das Atividades Culturais (IGAC)”.
Foram ainda encontradas algumas “imprevisibilidades tais como necessidade de reforço de alguns elementos estruturais, aparecimento de fibrocimento nas coberturas e palco, descoberta de um poço enterrado que continha hidrocarbonetos e falta de materiais”.
A Câmara do Porto frisa que a “conhecida Sala Bebé” irá dar lugar “a uma sala polivalente com bar e outras valências sociais”. Além da sala principal, com uma capacidade de 341 lugares foi também construída uma Sala-Estúdio na parte posterior do segundo balcão, com capacidade para 134 pessoas. Foi ainda instalado um elevador, de forma a garantir a acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida.
Referir que o Cinema Batalha foi arrendado pela autarquia por um período de 25 anos e vai ser devolvido à cidade mais de uma década após o seu encerramento, retomando a sua função cultural centrada no cinema.