20 Dec 2021, 0:00
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O Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João fez esta tarde uma declaração à imprensa, apresentando o pedido de demissão à ministra da Saúde, Marta Temido, na sequência do incêndio que deflagrou no domingo.
O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João, Fernando Araújo, fez hoje uma breve declaração à imprensa, lamentando o incêndio que ocorreu ontem.
Frisando que as causas do incêndio estão "a ser apuradas" e que a"avaliação inicial" exclui "falha infraestrutural" do hospital, o Conselho de Administração apresentou o pedido de demissão à Ministra da Saúde, já que existe um "sentido ético" em causa.
Até à decisão de Marta Temido o Conselho de Administração do hospital vai manter-se em funções.
O gabinete de comunicação do Ministério da Saúde referiu que Marta Temido deslocou-se ao início desta tarde ao Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), na sequência do incêndio que deflagrou no domingo no serviço de pneumologia.
"A ministra da Saúde lamenta profundamente a morte registada e endereça sentidas condolências aos familiares das vítimas e deseja uma rápida recuperação a todos os feridos", refere.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) já revelou que instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades no incêndio ocorrido no domingo no Hospital São João, que causou um morto e quatro feridos graves.
A IGAS adianta em comunicado que o processo de inquérito ao Centro Hospitalar Universitário de São João vai ser conduzido por dois inspetores do Núcleo Regional do Norte.
Fonte da Polícia Judiciaria (PJ) disse hoje estar a ser investigado o incêndio que deflagrou, no domingo, no Hospital de São João, causando um morto e quatro feridos graves.
Segundo a mesma fonte, “a PJ foi chamada a investigar as circunstâncias” do incêndio que, pelas 17:40 de domingo, atingiu o piso 9 do Hospital de São João, onde está o serviço de Pneumologia, e que obrigou à retirada de doentes.
Vários órgãos de comunicação social noticiam hoje que o incêndio foi provocado por um doente que acendeu um cigarro no quarto, quando se encontrava a receber oxigénio.
Em comunicado divulgado no domingo, o CHUSJ diz que o incêndio, “de elevada complexidade”, foi dado como extinto às 19:00, dando conta da existência de “uma vítima mortal a lamentar, [de] quatro feridos graves” e de “cinco profissionais afetados”, que receberam assistência no serviço de urgência.
“As causas do incêndio estão a ser apuradas e será aberto um processo de averiguações interno”, refere o CHUSJ, acrescentando que “o plano de incêndio do hospital e o plano de emergência interno foram prontamente ativados, possibilitando a deslocação dos doentes e dos profissionais, bem como o combate ao incêndio pelas equipas internas e pelas corporações de bombeiros”.
O CHUSJ sublinha ainda que o hospital está a “prestar informação e apoio psicológico às famílias das vítimas e aos profissionais”, tendo apresentado “os mais sentidos pêsames à família da vítima mortal”.
Uma nota publicada na noite de domingo na página oficial da Presidência da República refere que Marcelo Rebelo de Soua contactou o presidente do conselho de administração do Hospital de São João, na sequência do incêndio, exprimindo solidariedade com todos os envolvidos.