Costa diz que Portugal e Espanha são fundamentais para reduzir dependência energética em relação à Rússia

Exportação de energia renovável da Península Ibérica para o resto da Europa será uma realidade em breve, segundo o primeiro-ministro português.
Portugal e Espanha terão um papel central na necessidade de reduzir a dependência energética da Europa em relação à Rússia, disse o primeiro-ministro português, António Costa, disse no final da reunião dos países do Sul sobre a segurança energética.
"Em quatro anos, a interconexão da Península Ibérica com o resto da Europa favorece o resto da Europa. Temos condições de sermos um ponto de fornecimento", afirmou Costa, sublinhando a capacidade dos dois países de através das energias renováveis poderem ser um fornecedor importante para o continente europeu.
O primeiro-ministro lembrou que a França já assinou dois acordos com Portugal, em 2014 e 2018, e que as questões colocadas no passado para que a energia produzida na Península Ibérica entrasse no restante espaço europeu "foram ultrapassadas".
O chefe do Governo voltou a dizer que lhe parece que foi um "disparate só olhar para as condições de mercado e não ter tido em consideração de dependência energética" em que os países europeus estão agora mergulhados.
Costa disse que, na altura, os reguladores franceses olharam apenas para as questões de mercado e do "excesso de energia" que existia, sem olhar para as questões geopolíticas.
O mesmo António Costa disse também que o passado já está ultrapassado e que há que olhar em frente, garantindo que a exportação da energia da Península Ibérica para a Europa será uma realidade. "Se não for pela França como é normal, há outros caminhos".
Em relação às manifestações dos camionistas que estão agendadas, o primeiro-ministro disse compreender "o fundamento desses protestos". "Os aumentos dos preços de energia estão a ser muito difíceis de comportar", analisa.
No entanto, considera que as medidas à escala nacional "são sempre insuficientes". "O que é fundamental é que saíamos do próximo Conselho Europeu com mediadas robustas para que possamos responder".
O primeiro-ministro acrescentou ainda que para aprovar uma descida do IVA para os combustíveis, a medida tem que ser aprovada pela União Europeia. Mas considerou a ideia até mais prática do que a atual devolução através do AUTOvaucher.
Evitar que o gás contamine a eletricidade
Antes António Costa defendeu que o próximo Conselho Europeu consiga tomar “decisões efetivas com tradução imediata na vida das empresas e famílias europeias” para “responder ao problema da energia a curto prazo”.
Argumentou que é necessário “controlar o preço do gás e impedir a contaminação do preço da eletricidade”.
No final do encontro que juntou Portugal, Espanha, Itália e Grécia, António Costa recordou a resposta da União Europeia à pandemia da Covid-19, relembrando a aquisição conjunta de vacinas, para referir que “agir do ponto de vista económico", "permitiu ultrapassar esta crise muito mais rapidamente do que a última”.
“Só uma Europa forte continuará a ter força para apoiar a Ucrânia”, rematou.

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