Covid-19: Hospitais do Porto admitem pressão e abriram ou ponderam mais vagas

Os principais hospitais do Grande Porto abriram ou ponderam abrir em breve mais espaços covid-19 para fazer face ao aumento do número de casos de infeção na região, disseram várias fontes à agência Lusa.

No Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP), que inclui o Hospital de Santo António, na segunda-feira foi convertida uma enfermaria de especialidades cirúrgicas em área covid-19 e hoje, em três enfermarias, estão internados 68 doentes com o vírus SARS-CoV-2, o que corresponde a 91% das camas ocupadas.
Somam-se oito em cuidados intensivos, o correspondente a 80% da capacidade ocupada.
Em declarações à agência Lusa, o diretor clínico do CHUP, José Barros, descreveu que “o número e a gravidade dos doentes com covid-19 aumentou muito na última semana”, o que atribui à “prevalência [da infeção] na comunidade” e a “algum desleixo dos cidadãos, designadamente em acontecimentos de massas”.
Já fonte do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) adiantou que a taxa de ocupação das áreas afetas à covid-19 é atualmente de 100%, quer em enfermaria (52 camas) quer em cuidados intensivos (10 camas).
"A necessidade de abertura de mais camas está a ser monitorizada e avaliada diariamente, permitindo, sempre que necessário, o seu ajuste, sendo que atualmente estamos a preparar-nos para poder abrir mais uma ala de internamento dedicada à covid, caso o aumento de número de internamentos se continue a verificar”, respondeu à Lusa fonte do CHVNG/E.
Ambos os centros hospitalares confirmaram à Lusa que têm profissionais de saúde infetados: 79 no CHUP e 42 no CHVNG/E.
“Hoje temos 79 trabalhadores do hospital com covid-19. No início de maio tínhamos cinco”, lamentou José Barros.
Em Gaia, o recurso ao serviço de urgência também tem sofrido constrangimentos, sendo a média diária de admissões “nos últimos dias” de 621 doentes, enquanto no período pré-covid, em 2019, era de 530.
Situações semelhantes, no que diz respeito a falta de vagas, profissionais infetados e pressão no serviço de urgência, foram esta manhã descritas pelo diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto.
Em declarações aos jornalistas junto ao serviço de urgência, Nelson Pereira disse que será decidido até sábado se é ativado ou não o nível 3 do plano de contingência do hospital.

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