4 Jun 2024, 9:23
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O arranque da demolição do Mercado de São Sebastião, junto à Sé, continua a estar apontado para o final do ano, como avançou em março o Porto Canal, mas ainda não há uma data certa para o início dos trabalhos. O desmantelamento da estrutura e o arranjo do espaço público terá um custo de cerca de 220 mil euros, avançou o vereador Pedro Baganha na reunião de executivo desta segunda-feira, avança o Porto Canal.
“O projeto de demolição e depois de arranjo final está com o anteprojeto concluído e está neste momento a ser analisado nos serviços da câmara. Após a sua aprovação – que se prevê para muito breve – há ainda um prazo adicional de 30 dias para o projeto de execução e, portanto a nossa expectativa é que no ultimo trimestre deste ano seja lançada a empreitada de demolição e arranjo do espaço que terá uma estimativa um custo de 220 mil euros”, informou o vereador com o pelouro do Urbanismo e Espaço Público.
Em outubro de 2022, foi aprovada por unanimidade, na sessão extraordinária da Assembleia Municipal, a revogação do contrato interadministrativo celebrado com a União de Freguesias do Centro Histórico, relativo ao Mercado de S. Sebastião, consumando assim o regresso deste equipamento à gestão da autarquia.
Os votos favoráveis de todas as forças representadas na Assembleia Municipal, naquela data, permitiram encerrar uma questão com alguns anos. “Estamos a votar o retorno dessa gestão para o município, que procederá a uma análise da situação, com os quatro comerciantes que restam no mercado, com a população que ali mora, com as forças políticas, para resolver um tema importante e que preocupa a cidade do Porto”, resumiu o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, no encerramento do debate.
“Antes de tomar decisões, decidi fazer uma auscultação e falar com os moradores”, explicou o presidente da UF do Centro Histórico. “Estou a entregar o mercado para que a câmara resolva. Não é o presidente da junta que tem de resolver. Eu estou a fazer o que me compete, entregar o equipamento para a câmara resolver. Eu assumo a dívida”, acrescentou Nuno Cruz, concluindo: “Não fazia sentido gastar ali 75 mil euros, não conseguia recuperar aquele equipamento. As quatro vendedeiras que ali estão querem sair dali para fora. Os moradores não querem. Os restaurantes em redor não querem. Eu sei bem quem é que quer ali o mercado de S. Sebastião. Quem usa o mercado para se esconder com a droga. Como presidente da junta, estou aqui para resolver. Compete-me assumir o valor em dívida e entregar o mercado para que a câmara faça dele o que entender. O equipamento é da câmara, não é da junta.”