Deputados da Alemanha visitam a cidade para conhecer projetos de desenvolvimento

A Fundação Konrad Adenauer organizou uma visita do grupo parlamentar da CDU (União Democrata-Cristã) da Renânia do Norte-Vestefália ao Porto, tendo os políticos alemães oportunidade de debater o desenvolvimento da cidade, os seus grandes desafios e projetos para o futuro com o presidente da Câmara, Rui Moreira, no Palácio da Bolsa.

"O Porto é, historicamente, uma cidade aberta ao mundo, com uma matriz multicultural e uma forte comunhão com os valores europeus", frisou, durante o encontro, o presidente do Município, recordando aos deputados alemães, chefiados por Thorsten Schick e acompanhados também pelo presidente do parlamento da Renânia do Norte-Vestefália, André Kuper, que, por causa da Revolução Liberal (1820), a Invicta, ainda hoje, é identificada como a "cidade da liberdade" – "da liberdade política, mas também da liberdade económica e social".

Mas, depois do marasmo que atingiu o país, durante 48 anos de ditadura, e "por decisão política local", na passagem do século XX para o século XXI e até 2013, "o investimento no trinómio memória, património e cultura foi subalternizado e o élan da cidade perdeu-se", mesmo que, durante esse período, dois acontecimentos tenham devolvido algum do protagonismo internacional ao Porto: a classificação do Centro Histórico como Património Cultural da Humanidade, em 1996, e a realização da Capital Europeia da Cultura, em 2001.

"Quando iniciei os meus mandatos à frente da Câmara Municipal do Porto, em 2013, a cultura foi assumida como um dos três pilares da estratégia de desenvolvimento da cidade, juntamente com a coesão social e a economia", sublinhou Rui Moreira, acrescentando: "gerou-se então uma inédita dinâmica artística, curatorial, museológica e editorial nas instituições e equipamentos municipais de cultura do Porto. Dinâmica que perdura até hoje, com novos protagonistas e ações".

No seguimento da aposta na cultura, o Porto conheceu um boom de visitantes e o setor do turismo passou a desempenhar também um papel central no desenvolvimento da economia local. De acordo com o presidente da Câmara, "o Porto ganhou uma atratividade que suplanta o mero interesse turístico". "Deste modo, a cidade recuperou a sua histórica capacidade para, à escala europeia, funcionar como um hub onde se cruzam talento, conhecimento, cultura e investimento", acentuou.

Aos deputados alemães da CDU da Renânia do Norte-Vestefália, e depois de lembrar os grandes projetos desenvolvidos nos últimos anos – a requalificação do Mercado do Bolhão, do Cinema Batalha, do antigo Matadouro Industrial, da Escola Alexandre Herculano ou da Biblioteca Pública Municipal, entre outros –, Rui Moreira deixou uma garantia: "A nossa ideia é tornar o Porto uma cidade territorialmente mais coesa. Para tanto, estamos a melhor as redes de transportes, a densificar o parque habitacional, a promover o uso partilhado de espaços e serviços e a estabelecer uma maior interligação entre territórios".

"Somos uma cidade virada para o futuro e aberta ao investimento externo, à cooperação internacional e ao diálogo multicultural. Apesar de ser hoje mais vincadamente europeu, o Porto continua a ser uma cidade com alma e com um modo de pensar, sentir e agir muito próprio", concluiu.

 

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