18 Apr 2023, 0:00
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Seis famílias que moram numa ilha em Ramalde tinham ordens dos proprietários para desocuparem as casas onde residem até esta segunda-feira. No entanto, o despejo não chegou a realizar-se, devido à falta de ação judicial.
Os donos do conjunto habitacional, em Pereiró, estabeleceram um prazo de 15 dias para os moradores abandonarem os imóveis, mas a organização Habitação Hoje! interveio e impediu o despejo, alegando a ausência de ordem do tribunal, de acordo com o Jornal Público.
Embora não tenham sido despejados esta segunda-feira, os inquilinos temem que a qualquer momento lhes seja imposto um novo prazo para desocuparem as habitações. Neste sentido, têm procurado alternativas, mas continuam à espera de resposta.
Os residentes não têm qualquer interesse em resistir à saída da ilha habitacional, mas apelam à empatia dos senhorios, pedindo que aguardem até que eles encontrem uma solução acessível, adiantam em declarações ao Público.
Para os moradores, a alternativa ideal seria uma residência camarária, mas a empresa municipal Domus Social, contactada pelo mesmo jornal, garante que eles não atingem a pontuação mínima na matriz de classificação que avalia a situação socio-habitacional dos agregados familiares.
Por enquanto, ainda não precisam de se mudar, uma vez que os proprietários não podem levar a cabo o despejo sem ordem judicial, mesmo que não existam contratos de arrendamento.