DGArtes tem deixado de fora dos apoios várias companhias do Porto, diz Rui Moreira

O Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, disse esta segunda-feira não poder interferir nos concursos da Direção-Geral das Artes que têm deixado de fora dos apoios várias companhias, entre elas a Seiva Trupe.

“Tenho que respeitar aquilo que são os concursos da DGArtes. Nessa matéria nós não devemos interferir”, disse Rui Moreira na Manhã Informativa do Porto Canal no âmbito da celebração do Dia Mundial do Teatro esta segunda-feira.

“Não devo interferir quando há um júri independente. Se ninguém contestou a qualidade e isenção do júri não pode ser depois do júri se pronunciar que um Presidente da Câmara só porque uma das suas companhias favoritas ficar de fora, como é o caso da Seiva Trupe, colocar em causa as regras do jogo”.

Rui Moreira destacou ainda a falta de investimento do Estado no setor da cultura.

“Chegar a 1% do Orçamento do Estado na cultura é uma coisa que as pessoas da cultura gostavam há muito tempo”, salientou o autarca.

O Presidente da Câmara Municipal do Porto referiu ainda que “infelizmente, vivemos num país pobre com muitas carências e de facto as pessoas ainda não perceberam que a cultura não é uma despesa, é um investimento como temos demonstrado no Porto”.

Rui Moreira desejava que “fosse um recurso mais utilizado para aquilo que é a participação dos artistas e o desenvolvimento do ensino artístico nas escolas”.

Relativamente à descentralização na cultura que tem sido abordada nos últimos dias, Rui Moreira foi breve nas palavras. “Tudo aquilo que descentralizamos ganhamos”, realçou Rui Moreira.

Cristina Planas Leitão, Codiretora do Teatro Municipal do Porto, disse que devia haver mais investimento na cultura, mas sobretudo uma maior valorização.
“Estamos muito longe daquilo que é o ideal, isso só vai mudar quando o Governo decidir investir e ver a cultura realmente como um investimento”, explicou Cristina Planas Leitão.

A Codiretora do Teatro Municipal do Porto salientou que “é importante usar todo o orçamento para investir na criação de públicos, investir nos discursos artísticos formando mais artistas”.

Cristina Planas Leitão volta a frisar a questão da valorização, destacando que “a arte é fundamental tanto como a educação e deve começar nas nossas vidas desde muito cedo”.

 

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