Duelo de corrida à distrital do PS Porto: João Pedro Pereira é adversário de Eduardo Vítor Rodrigues

Depois da saída de Manuel Pizarro e do anúncio de candidatura de Eduardo Vítor Rodrigues, chega agora o primeiro adversário do autarca de Gaia para a Federação Distrital do PS Porto. João Pedro Pereira entrou na corrida para substituir o atual ministro da saúde, embora o preferido de Pizarro continue a ser o seu natural sucessor, Eduardo Vítor Rodrigues, que assume, atualmente, o cargo de vice-presidente da estrutura distrital.

Face a esta intenção de “continuidade”, João Pedro Pereira é assumidamente contra: “É preciso fazer um trabalho bastante intenso que um projeto de continuidade não fará”.

Militante do Partido Socialista “há mais de 20 anos”, o também dirigente nacional considera, ainda, que um candidato à liderança da distrital não deveria, ao mesmo tempo, desempenhar funções como “presidente da câmara de um dos maiores distritos do Porto”. Em entrevista ao Porto Canal, o adversário de Eduardo Vítor Rodrigues defende que “os unanimismos são sempre nefastos” e que “há determinadas acumulações de responsabilidades que não fazem sentido”, numa clara referência ao autarca de Gaia.

O novo rosto da Federação distrital do PS Porto será decidido, através de eleições, no dia 5 de novembro. Será no congresso do partido, marcado para os dias 19 e 20 de novembro, que se consagrará a nova liderança.

A recandidatura de Pizarro era esperada por todos. Foi, no entanto, ao aceitar o cargo de Ministro da Saúde que tudo mudou. “Ao contrário do que tinha projetado”, afirmou o atual líder da distrital entendeu não haver condições para se “recandidatar ao lugar de presidente da Federação”, tal como avançou o Porto Canal em primeira-mão na sexta-feira passada. O anúncio oficial surgiu no domingo, por parte de Manuel Pizarro. Assim sendo, com o lugar vago, surgiu a primeira e mais natural candidatura: a de Eduardo Vítor Rodrigues, atual vice-presidente da Federação.

Em declarações exclusivas ao Porto Canal, o autarca de Gaia admite que a sua candidatura é uma solução de “continuidade”. Ao contrário do que aconteceu com Manuel Pizarro que foi eleito quer sem oposição, quer com uma vitória arrebatadora sobre José Manuel Ribeiro, o nome de Eduardo Vítor enfrentou focos de resistências em alguns setores do partido. No entanto, neste momento e de acordo com uma fonte do partido, a candidatura do autarca de Gaia reúne já um “amplo consenso” e soma apoios entre autarcas e dirigentes partidários, algo que foi, desde o início, um dos seus principais desejos: “Espero que seja uma candidatura de unidade e que envolva os militantes.”