5 Jan 2023, 0:00
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Os prejuízos da empresa industrial em 2022, sediada em São Mamede de Infesta, Matosinhos, ultrapassam os 100 milhões de euros, enquanto a dívida supera os 250 milhões de euros. A empresa está em processo de reprivatização e é neste cenário que os candidatos devem entregar as propostas vinculativas até ao dia 15 de fevereiro.
De acordo com o jornal Eco, em 2021, a Efacec já tinha registado perdas de 180 milhões de euros e, no primeiro semestre deste ano, os prejuízos foram de 55 milhões e 54 milhões de capitais próprios negativos, ou seja, estava em falência técnica, situação que se agravou no segundo semestre.
Depois do falhanço das negociações para a venda da Efacec à DST, o Governo reabriu o processo. De acordo com o novo caderno de encargos, aprovado em Conselho de Ministros a 21 de novembro, o Governo encarregou a Parpública, a principal acionista depois da nacionalização de 71,73% da Efacec, a adotar “medidas de reestruturação” para manter a empresa em funcionamento, enquanto é dado início a um novo processo de reprivatização.
O ministro da Economia, António Costa Silva, anunciou a 6 de dezembro que a Parpública recebeu demonstrações de interesse de oito candidatos nacionais e estrangeiros. E de acordo com o Expresso, os grupos portugueses interessados são a Sodecia, a construtora Mota-Engil, a Carpin - empresa de um ex-presidente da Efacec - António Cardoso Pinta e a Efaflu - da família Ricca, antiga acionista da empresa. Já os investidores estrangeiros interessados são a Oaktree, que também já tinha manifestado interesse na empresa, o fundo alemão Mutuares, especialista em aquisição de empresas em dificuldades, o fundo inglês Enoda e um fundo asiático Chint International. Entretanto, já se sabe que um dos candidatos estrangeiros já comunicou o desinteresse na Efacec.