Em dias de jogo no Estádio do Dragão adeptos preferem os transportes públicos

Transportes públicos são usados por 21% dos adeptos no acesso ao Estádio do Dragão.

Dos cerca de 70% que recorrem ao automóvel, são poucos os que o fazem em grupo, sendo que quase 55% transportam um ou dois ocupantes. 90% desses automóveis utilizam como combustível gasolina ou gasóleo.

Estes são alguns dos resultados do questionário que o Município do Porto, através da Porto Digital, dinamizou em quatro jogos entre fevereiro e abril deste ano e ao qual, no total, responderam cerca de 2.500 espetadores (amostras com um grau de confiança superior a 95%). Destes, aproximadamente 1.150 eram sócios do clube (com 776 com lugar anual) e quase 1.350 eram simpatizantes.

Os resultados obtidos estão em linha com um estudo realizado anteriormente pelo Futebol Clube do Porto, e são confirmados por uma análise complementar efetuada pela Porto Digital, nomeadamente no que diz respeito à utilização dos transportes públicos, através da verificação de número de validações, ou ainda, através de simulações de deslocações para o estádio.

Como pode a cidade ajudar a criar condições para que, nos dias de grandes eventos desportivos, a circulação em torno do estádio melhore e os objetivos para atingir a neutralidade carbónica não fiquem comprometidos? Este é o grande desafio do piloto desenvolvido no contexto do GEMINI, um projeto financiado pelo Horizon Europe.

Na semana passada, o Porto acolheu uma reunião do consórcio internacional, que contabiliza 43 parceiros que trabalham em soluções de mobilidade a serem demonstradas em oito cidades europeias (Porto, Amesterdão, Copenhaga, Helsínquia, Liubliana, Munique, Paris e Turim), onde se destaca também o piloto de Munique. Com objetivos semelhantes aos do Porto, o piloto de Munique foca-se na gestão da mobilidade em torno do Allianz Arena, casa do FC Bayern de Munique.

No Porto, o Município, representado no consórcio do projeto pela Porto Digital em colaboração com Departamento Municipal da Mobilidade, une esforços ao FCP, Centro de Gestão Integrada, Polícia de Segurança Pública, Polícia Municipal, Proteção Civil Municipal, Metro do Porto, STCP e Comboios de Portugal (CP).

O laboratório vivo de mobilidade do Porto (Mobility Living Lab – MLL) avança agora para a exploração de soluções inovadoras que respondam ao desafio. Os parceiros irão focar-se em possíveis serviços de mobilidade partilhada para complementar os existentes na cidade, serviços integrados de bilhética ou pagamento em transportes públicos, ridesharing e estacionamento on/off street.

Em cima da mesa estão vários cenários de mobilidade urbana que integram veículos particulares, novos serviços de mobilidade partilhada e micromobilidade (ridesharing, bikesharing).

Com conclusão prevista para novembro de 2026, o GEMINI conta com um investimento elegível superior a 12 milhões de euros que engloba os 43 parceiros.

Desenvolvendo modelos de negócio sustentáveis para novos serviços de mobilidade, o GEMINI vai criar Mobility Living Labs em mais sete cidades europeias. Além do Porto, as comunidades locais de Amesterdão, Copenhaga, Helsínquia, Liubliana, Munique, Paris e Turim serão envolvidas na cocriação, desenvolvimento e adoção de soluções de mobilidade inovadoras e promissoras com impacto significativo, tendo em conta a aceitação por parte dos utilizadores, sustentabilidade e viabilidade financeira.

 

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