8 Mar 2024, 11:06
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Um empresário de Paredes encontra-se em protesto nas imediações da sede do Banco Montepio, na Avenida dos Aliados, no Porto. Este protesto, tal como noticia o Jornal de Notícias esta sexta-feira, surge na sequência de alegados desvios de fundos que ascendem a pelo menos dois milhões de euros, ocorridos entre 2013 e 2020, supostamente perpetrados por um funcionário bancário que, entretanto, foi demitido. Enfrentando uma situação de insolvência, o empresário está a exigir ser indemnizado, avança o Porto Canal.
O homem está abrigado numa carrinha branca, onde guarda todos os documentos relacionados com processos judiciais e queixas já apresentadas. Ao JN, o empresário disse permanecer no local até o dono do banco falar com ele. “Quero o meu dinheiro e quero ter acesso ao histórico da minha conta para saber exatamente qual é o valor que me desviaram", disse ao diário.
Segundo o empresário, os desvios terão sido efetuados ao longo de sete anos por um gestor de contas do Montepio que liderava um balcão em Lousada.
Sem eu saber, foram feitos levantamentos, transferências e empréstimos ao longo dos anos, sem o seu conhecimento e recorrendo a falsificações em algumas das situações.
Segundo o mesmo órgão de informação, perante a recusa do banco em resolver o caso, Pedro Leal já apresentou queixas no Ministério Público, na Polícia Judiciária, no Banco de Portugal e também na Ordem dos Advogados, uma vez que o caso envolve uma jurista, irmã do bancário, que já representou o empresário no passado.
Entretanto, o Montepio também avançou com ações judiciais contra o empresário por falta de pagamento, avança o JN. Segundo Pedro Leal, ficou insolvente e perdeu a própria casa.
O protesto em frente ao banco, divulga o Porto Canal, é uma tentativa de resolver o problema, uma vez que também lhe tem sido negado o acesso ao histórico das suas contas. Pedro Leal já obteve duas sentenças favoráveis, emitidas pelo Tribunal de Lousada. As ações foram intentadas pelo Montepio por falta de pagamento, mas o tribunal considerou o empresário inocente.
Adicionalmente ao protesto, o empresário pretende aproveitar a sua presença no centro do Porto para distribuir roupa aos sem-abrigo da cidade.