Escândalo de tráfico humano. Pedro Proença diz que teria renunciado se Mário Costa não o tivesse feito

Pedro Proença deixa “como garantia” que nunca admitirá que “a reputação da instituição seja manchada sem ação firme e imediata” e recorda que “só poderá estar ao serviço da Liga Portugal quem partilhe, de forma inequívoca e comprovada”, dos seus princípios inalienáveis.

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, admitiu hoje que teria renunciado ao cargo se o agora ex-presidente da Assembleia Geral, Mário Costa, não o tivesse feito, após suspeitas de tráfico humano.

“Ética, transparência, credibilidade e idoneidade são, para mim, mais do que meras palavras ou conceitos abstratos. São princípios que sempre guiaram a minha vida pessoal e profissional e dos quais jamais abdicarei”, refere Pedro Proença num comunicado no sítio da LPFP.

O responsável admite ainda que os últimos dias, após ter tomado conhecimento da suspeita de tráfico de seres humanos numa academia de futebol de Riba de Ave, foram dos mais difíceis que viveu nos oito anos como presidente da Liga Portugal.

“Por mais numerosos que sejam os momentos críticos geridos pelo presidente de uma instituição com a envergadura e a dimensão da Liga Portugal, o período que se seguiu ao momento em que tomei conhecimento, perplexo e pela comunicação social, das notícias que envolviam Mário Costa constituiu uma total surpresa para mim”, refere.

Sem pretender “colocar em causa o princípio de presunção de i

Sem pretender “colocar em causa o princípio de presunção de inocência”, Pedro Proença recorda que a Liga Portugal “tem-se batido pela defesa de valores éticos, de transparência e idoneidade”, pelo que “não pode ficar associada às noticias que vieram a público”, envolvendo Mário Costa.

“A renúncia apresentada por Mário Costa ao cargo de presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga Portugal, em menos de 72 horas – a celeridade, atendendo à relevância do que estava em causa, era uma variável essencial -, atenua os danos reputacionais provocados à instituição”, adianta.

Pedro Proença reconhece que todos devem “tirar ilações do sucedido”, mas que a Liga Portugal, que tem “implementados mecanismos exigentes e internacionalmente reconhecidos”, tem que “fazer mais” para se “proteger da exposição a situações como a que viveu nas últimas horas”.

“E vamos fazer mais e melhor, de forma célere, porque o futuro assim o exige”, afirma Pedro Proença, acrescentando que foi já marcada para 23 de junho uma assembleia geral eleitoral intercalar, para a eleição do novo presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga Portugal.

Desta forma, será já o novo presidente da Assembleia Geral a conduzir a reunião magna agendada para 26 de junho, para aprovação do plano de atividades e orçamento para a época de 2023/24.

Paralelamente, Pedro Proença irá reforçar “todas as políticas de ‘compliance’ (conformidade) e os mecanismos de escrutínio prévio da idoneidade de todos os membros dos órgãos sociais, direção, direção executiva e colaboradores da Liga Portugal”.

(In Sport Informa)

 

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