16 Nov 2023, 0:00
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O tempo voa e o Dragão também. O estádio mais bonito e vitorioso do país, uma referência planetária em ambos os aspetos, comemora 20 anos esta quinta-feira, data do aniversário do jogo entre FC Porto e Barcelona em que os visitados venceram e os visitantes apresentaram ao mundo do futebol um tal Lionel Messi.
Duas décadas não são uma eternidade, principalmente para uma obra que moveu 1,35 milhões de metros cúbicos de terra e pedra, mas são tempo mais do que suficiente para elevar a cidade Invicta ao patamar de Paris, Barcelona ou Munique e fazer do Estádio do Dragão um dos locais onde mais títulos se conquistaram: 32, contra 34 do Parque dos Príncipes (PSG) e 37 do Camp Nou (Barcelona) e da Allianz Arena (Bayern).
Uma Liga dos Campeões, uma Taça Intercontinental, uma Liga Europa, onze campeonatos, sete Taças de Portugal, dez Supertaças e uma Taça da Liga compõem o palmarés do maior anfiteatro do Norte de Portugal.
Em cima daqueles 89 mil metros cúbicos de betão já se festejaram vitórias europeias e mundiais, um Tetra e um Tri, tocaram os Rolling Stones e os Coldplay, decidiram-se finais da Champions e da Liga das Nações e quase 16 milhões de espetadores assistiram aos jogos do FC Porto.
Muitos portistas terão dificuldade em eleger o melhor momento ali vivido, outros nem tanto, Jorge Nuno Pinto da Costa optou pelo jogo do título em plena pandemia, contra o Sporting, e Sérgio Conceição pelo da consagração diante do Feirense, em 2018. Certo é que não faltam momentos dourados.
O bis de McCarthy ao Manchester United que abriu caminho rumo a Gelsenkirchen, o golo de Kelvin ao minuto 92, os 5-0 ao Benfica em 2010, a goleada ao Villarreal no ano seguinte, os triunfos sobre o Chelsea de Mourinho, o Arsenal de Wenger, o Bayern de Guardiola, a reviravolta no prolongamento frente à Roma... difícil é escolher entre os 478 jogos, 365 vitórias e 1.052 golos.
Derlei assinou o primeiro na noite da inauguração, Maniche abriu a contagem oficial meses depois, Otávio marcou o mais rápido no passado 28 de dezembro (23 segundos), Evanilson o mais tardio em maio último (124 minutos), o quarentão Pepe atingiu o estatuto de goleador mais experiente na receção ao Antuérpia, Fábio Silva já era o mais jovem (17 anos) e Falcao o autor do (único) póquer que afundou o submarino amarelo.
Sérgio Conceição é habitué no banco da casa (163 jogos), Helton o atleta com mais presenças (159), Jackson Martínez o grande artilheiro (49 golos), Alex Telles o melhor assistente (41), o Marítimo e o Rio Ave as maiores presas (50), a baliza Sul o alvo predileto (557) e o minuto 78 o momento preferido para o FC Porto marcar (18).
Defini-lo como um digno sucessor das Antas é o melhor elogio que se pode fazer ao Estádio do Dragão.