29 Jan 2024, 0:00
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Sérgio Conceição elogiou a “exibição sólida” da equipa que resultou num triunfo por 3-1 no Algarve.
Quatro vitórias convincentes, 14 golos marcados e apenas um sofrido: eis o registo do FC Porto nos últimos quatro jogos. Depois de golearem o Estoril (4-0) e o Moreirense (5-0), e de se imporem ao SC Braga no Estádio do Dragão (2-0), os portistas foram ao extremo Sul do país bater o Farense por 3-1 e colocar pressão nos rivais de Lisboa que só entram em campo esta segunda-feira. Na ótica de Sérgio Conceição “o jogo não teve história” e “o resultado até podia ser um bocadinho mais volumoso”. “É verdade que devemos alguns pontos a nós próprios, porque houve situações em que podíamos ter feito as coisas de forma diferente, mas não há que lamentar. Há que olhar para a frente e para a frente é já o próximo jogo”, constatou o técnico azul e branco.
Da mais elementar justiça
“Faz parte, as equipas têm qualidade e não jogamos sozinhos. Jogamos contra adversários e o Farense tem feito um campeonato interessante, é uma equipa difícil e pragmática que joga de uma forma simples difícil de anular. Tínhamos de estar preparados para isso e de ser consistentes. Numa ou noutra situação eles criaram, como todas as equipas criam, mas o jogo não teve história e fizemos mais uma exibição sólida, de qualidade, pausando e acelerando quando devíamos fazer e descobrindo os caminhos para a baliza. O resultado até podia ser um bocadinho mais volumoso, mas isso não seria justo para a boa réplica do Farense.”
Dores de crescimento
“Hoje vimos um jogador fazer um excelente jogo e num lance, talvez porque veio de um campeonato diferente e tem 22 anos… ele sabe que tem de tirar a bola dali quando está sob pressão, mas não o fez e cometeu um penálti. São as dores de crescimento que os jogadores precisam de sentir durante o tempo de adaptação para perceberem o futebol Europeu, onde o jogo é mais rápido do que na América do Sul. Não está em causa a qualidade do Varela, que fez um excelente golo e deu muito ao jogo. É verdade que devemos alguns pontos a nós próprios, porque houve situações em que podíamos ter feito as coisas de forma diferente, mas não há que lamentar. Há que olhar para a frente e para a frente é já o próximo jogo.”
A veia goleadora de Evanilson
“Está a compensar o tempo que passou lesionado. Esteve magoado, não pôde contribuir para a equipa e está a compensar dessa forma. É óbvio que todos os avançados gostam de fazer golos, o Evanilson não é exceção, mas eu olho para outras coisas e para a forma como chegamos lá. Para ele fazer golos há um trabalho de equipa interessante que lhe permite finalizar com sucesso. O mais importante é a equipa, o processo ofensivo, defensivo e os esquemas táticos. O segundo golo é fruto do trabalho da equipa técnica, do Vítor Bruno e do Dembélé na análise e observação das fragilidades dos adversários. Represento uma equipa técnica muito competente que trabalha com muito afinco para ganhar jogos. Às vezes não é possível, infelizmente, mas temos consciência de que estamos no caminho certo e de que estamos a evoluir como equipa porque individualmente os jogadores estão a crescer, e isso é muito importante.”
A ausência de Taremi
“Se puder contar com toda a gente fico contente. Planeio a semana de trabalho em função da dedicação de cada um diariamente. A estratégia definida em função do adversário vai ditar o onze porque aqui não há lugares cativos. Todos têm de trabalhar para merecerem um lugar na equipa e no banco a competitividade também é boa. Eles sabem que eu não abdico disso. Fazerem um bom jogo não é garantia de que joguem no próximo.”