FAMILIAR OU AMIGO

Por Joaquim Jorge*

A morte de um amigo(a) é considerada menos dolorosa do que a de um membro da família, mas dependerá do tipo de vínculo que foi estabelecido com essa pessoa.

Eu considero alguns amigos(as), poucos, como alguém que faz parte da minha vida, confidentes  e próximos de mim.

Diria que a cumplicidade supera laços familiares e é o expoente máximo da amizade.

Familiares com quem não tenho qualquer tipo de relação há vários anos, esse vínculo não passa da árvore genealógica.

Há familiares que me lembro de ver só em funerais, anteriormente, era em casamentos e baptizados, a minha relação é meramente formal e circunstancial. Esses familiares nunca me contactam, nem eu a eles.

Perder um amigo(a)  de quem gostamos custa muito, pois  perdemos algo de agradável que tínhamos nas nossas vidas, que nos conheciam, nos entendiam, e o melhor, sem ter problemas de heranças e partilhas.

Uma boa forma de superar a morte de um amigo(a) é falar dele, das coisas boas que se partilha em vida e da sua maneira de ser.

É melhor focarmo-nos em momentos felizes e evitar reforçar momentos traumáticos, reforçar os momentos anedóticos e de humor.

Há amigos que se deixa de falar por algo mesquinho e sem sentido, é uma perda nas nossas vidas, desapareceram, no fundo, morreram para nós antes do tempo.

Tenho saudades de alguns amigos(as) que foram desaparecendo do meu rasto e da minha vida.

A alguns amigos(as) apetece-me ligar-lhes, mas não o faço. Eu tenho tanta obrigação de os contactar como eles têm para comigo. É pena, pois, essa relação vai-se desvanecendo.

Costumo dizer que família são muito poucos, os mais chegados: quem vive connosco, filhos e pais. Os irmãos são família chegada, mas depende com quem casaram ou vivem.

Eu gosto de ter amigos e cultivo isso, devia-se  definir nas nossas vidas sendo casado ou solteiro poder estar com amigos ou amigas uma vez por semana. Seria uma boa forma de mostrarmos a nossa independência e a nossa saúde mental.

E, há uma máxima que diz tudo: “podemos escolher os amigos, mas não a família”.

 

*Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores

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