8 Feb 2024, 0:00
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O sargento da GNR em greve de fome à porta da Câmara do Porto desde a manhã de terça-feira disse esta quarta-feira à Lusa que manterá o jejum até que a sua saúde o permita.
Atualmente colocado no Pelotão de Apoio de Serviços, o sargento Josias Alves, 44 anos, do Marco de Canavezes, pretende com a sua decisão “alertar” a sociedade civil para o “desespero" dos militares da GNR, da PSP e da Guarda Prisional, avança o Porto Canal.
O objetivo deste protesto é não só conseguir ordenados correspondentes à condição socioprofissional, mas também para protestar contra “as pressões e perseguições” de que alegadamente têm sido vítimas, disse o militar da GNR, que passou a sua primeira noite da greve de fome numa pequena tenda de campismo, montada em frente à Câmara do Porto.
O sargento, que chegou a comandar o Posto Territorial da GNR de Aveiro, Cacia, Vila Meã e de Alpendorada e a ser coordenador da Proteção Civil de Marco de Canaveses, defende a necessidade de existir hierarquia, que julga "absolutamente necessária", mas assume ser contra a utilização da "repressão" e da "pressão tirânica” para com aqueles que lutam pelos seus direitos.
Josias Alves, que está agora colocado no Pelotão de Apoio de Serviços, diz também não querer fazer daquela ação "uma luta pessoal", referindo que há "muitos outros" profissionais "que permanecem sob o anonimato, em virtude de não quererem ser ainda mais prejudicados do que já foram."
Josias Alves é mestre em Criminologia pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa (2019).