“Gosto mais das condições adversas”

Angélica André concedeu uma entrevista ao Público antes dos Jogos Olímpicos.

Angélica André já conquistou uma medalha de bronze nos mundiais e outra de prata na Taça da Europa, mas no Jogos Olímpicos promete apenas “dar o melhor”. À conversa com o jornal Público, a nadadora do FC Porto admite gostar de “mais ondas e mais frio”, porque às condições de piscina “todas se conseguem adaptar”, contudo não deverá encontrá-las em Paris.
A incerteza em torno da prova dos 10 quilómetros águas abertas é cada vez maior. No fim de semana, os organizadores das Olimpíadas proibiram os triatletas de treinarem nas águas do Sena, devido à poluição do rio, e nesta altura ninguém descarta a hipótese de a maratona da natação decorrer no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne, palco das provas de canoagem e remo.
Na mesma entrevista, José Manuel Borges explicou que “a grande característica de um nadador de águas abertas é a sua capacidade de se adaptar a tudo” e a detentora de 24 recordes nacionais individuais é o exemplo perfeito disso mesmo. “Na prática ela já tem essa experiência toda e não vai encontrar situações que não conhece”, explicou o treinador portista.
A preparação de Angélica engloba 15 treinos semanais, dez deles na água, arranca todos os dias antes das seis da manhã, envolve sessões de fisioterapia e, pelo meio, ainda lhe sobra tempo para as aulas do Mestrado em Condição Física. A primeira internacionalização da matosinhense surgiu em 2012, num Europeu de juniores disputado na Turquia, e a mais feliz terá sido em fevereiro deste ano, quando cruzou a meta do Campeonato do Mundo no terceiro lugar, a menos de dois segundos da campeã planetária. 
Tal feito permitiu-lhe carimbar o passaporte rumo à capital francesa, onde “conseguir um lugar acima do 17.º” alcançado em Tóquio 2020 é o único objetivo. “Em condições mais adversas nem todas as nadadoras se conseguem adaptar. São as condições de que eu gosto mais”, confidencia a adepta de “mais ondas e mais frio” que nada entre 90 e 115 quilómetros todas as semanas.
José Manuel Borges crê que a nadadora azul e branca pode lutar pelo pódio, mas prefere não definir metas concretas porque “ganhará aquela que se adaptar mais rápido às condições”. “Se ela sair da água com um sorriso, para mim atingiu o objetivo”, declara o treinador com 40 anos de experiência que orienta a atleta de 29 há três.
Seja onde for, Angélica André vai mergulhar às 06h30 do dia 8 de agosto para continuar a elevar as bandeiras de Portugal e do FC Porto nos maiores palcos do desporto mundial.

 

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