16 Jun 2022, 0:00
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A ministra da Saúde apresentou esta quarta-feira aquilo a que António Costa chamou "resposta estrutural para os desafios" nos hospitais.
A ministra da Saúde anunciou hoje uma comissão para acompanhar a resposta das urgências de ginecologia e obstetrícia e bloco de partos dos hospitais, integrando coordenadores regionais e um nacional.
“A primeira resposta é de facto a criação de uma comissão de acompanhamento da resposta em urgência de ginecologia e obstetrícia e bloco de partos que integra cinco coordenadores regionais e um coordenador nacional”, adiantou Marta Temido em conferência de imprensa no Ministério da Saúde, em Lisboa.
Segundo disse a governante, essa comissão replicará o modelo que já foi utilizado para maximizar a coordenação nacional na resposta às necessidades de medicina intensiva.
“Esta comissão irá funcionar num modelo semelhante, sendo que o seu trabalho é muito vocacionado para aquilo que é o curto prazo”, nos meses de junho, julho agosto e setembro, avançou a ministra.
António Costa anunciou durante a tarde esta apresentação da ministra da Saúde. Segundo o primeiro-ministro, Marta Temido apresenta "o resultado do trabalho que o Governo desenvolveu tendo em vista responder não só à situação da contingência e aos problemas que estamos a viver nestes dias, mas sobretudo encontrar uma resposta estrutural para os desafios que o SNS tem, designadamente na área hospitalar", declarou António Costa.
O primeiro-ministro e secretário-geral dos socialistas, que falava aos jornalistas na sede do PS, em Lisboa, defendeu que "para além dos problemas de contingência, há problemas estruturais que têm de ter resposta".
"Para além da resposta ao problema conjuntural que estamos a enfrentar, aos planos que todos os anos temos para gerir um período crítico como é o verão, particularmente em regiões intensamente turísticas como é o Algarve, mais do que isso o que a senhora ministra irá apresentar às sete da tarde é um programa estrutural para resolver um problema que existe no SNS que tem de ser enfrentado e que tem de ser resolvido", acrescentou.
Numa alusão ao encerramento de serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia de vários hospitais, o primeiro-ministro afirmou: "Obviamente todos temos consciência da situação grave que estamos a enfrentar, particularmente nestes dias marcados pela acumulação de feriados e de uma conjugação de problemas pessoais de doença designadamente relacionados com a covid que afetaram vários dos nossos médicos".
António Costa referiu que "todos os anos" são definidos planos "para gerir um período crítico como é o verão, particularmente em regiões intensamente turísticas" como é o Algarve".
Interrogado se o Governo irá recorrer ao setor privado, o primeiro-ministro remeteu a resposta para a conferência de imprensa de Marta Temido: "Às sete da tarde a senhora ministra apresentará integralmente esse plano e ficarão respondidas integralmente todas as questões que têm a colocar".
A falta de médicos continua hoje a obrigar ao encerramento total ou parcial das urgências de obstetrícia nos hospitais como Portalegre, Portimão e Almada.