“Heterogeneidade dificulta visão metropolitana” entre municípios da Área Metropolitana do Porto

Eduardo Vítor Rodrigues considera que existem divisões na Área Metropolitana do Porto (AMP), declarações feitas à margem da cerimónia que inaugurou a exposição “Fundos (h)à Porto” no átrio dos Paços do Concelho no Porto, na manhã desta segunda-feira.

O presidente da Área Metropolitana do Porto sublinha que “tem havido uma tentativa muito clara de olhar para a área metropolitana como um todo”.

No entanto, confessa que a área metropolitana do Porto integra “municípios muitíssimo urbanos e municípios que confundem com Comunidades Intermunicipais limítrofes”. Portanto, Eduardo Vítor Rodrigues refere que “esta heterogeneidade dificulta a visão metropolitana e não é propriamente um consenso entre todos. É uma estratégia desenvolvimentista que dados os patamares diferenciados em que acabamos por estar se repercutem depois na municipalização do debate”.

“E isso é preocupante”, diz Eduardo Vítor Rodrigues, “porque transformam os fundos comunitários em soluções que não são de facto, e parecem limitar aquilo que deveria ser o verdadeiro instrumento de desenvolvimento dos municípios que é o Orçamento do Estado”.

“Agora acho que é evidente para toda a gente que uma visão metropolitana é mais fácil quando a coesão dos indicadores o permite”, afirma.

A exposição “Fundos (h)à Porto” pretende divulgar e promover os projetos desenvolvidos pelo Município do Porto, apoiados por fundos europeus e de outras fontes de financiamento, no período 2014–2020, destacando o papel fundamental da União Europeia no apoio ao desenvolvimento das regiões, através dos instrumentos de financiamento disponíveis.

(In Porto Canal)