14 Dec 2022, 0:00
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Foram revelados novos dados sobre o caso do doente que morreu uma hora depois de ter tido alta do hospital Padre Américo.
No relatório médico estavam análises de outro paciente com um nome semelhante ao da vítima. De acordo com os familiares, a medicação também terá sido trocada.
Emídio Ribeiro Pires tinha 76 anos e padecia de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Foi internado no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa há cerca de um mês, de onde saiu dependente 24 horas por dia de uma máquina de oxigénio, mas recuperado. Acabaria por morrer, quase uma hora depois.
No hospital ficou um relatório médico ao qual foram anexados exames que, conforme os familiares viriam a constatar, seriam de outro paciente, com o mesmo nome próprio.
Os exames que constavam do processo clínico eram de Emídio Pinto, e não de Emídio Pires. Um doente, com cerca de 40 anos, natural de Cête, que também acorreu às urgências do mesmo hospital, mas devido a uma cólica renal.
No processo de Emídio Ribeiro Pires é referido um agravamento do estado renal de um doente com problemas respiratórios. Perante os dados referidos no documento médico, os familiares temem ainda que a terapêutica aplicada tenha, também ela, sido trocada.
A autópsia realizou-se na tarde desta terça-feira, por exigência da família, o que, segundo fonte próxima do processo, poderá viabilizar desde já a aceitação por parte do tribunal da entrada de uma queixa-crime por negligência médica contra o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, noticia o Porto Canal.
Entretanto, o corpo da vítima foi libertado, estando o funeral marcado para esta quarta-feira, no Cemitério Municipal de Paredes.