9 Aug 2022, 0:00
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O Hospital São João lidera um projeto de digitalização de informação clínica denominado de Repositório Digital Clínico desenvolvido juntamente com a Direção Geral dos Livros, dos Arquivos e Bibliotecas. A iniciativa abriu portas à nomeação para um prémio internacional.
Os registos clínicos estão organizados numa sala de 15 quilómetros lineares e contam uma história de 63 anos. O papel continua a fazer parte da equação, mas a aposta está mesmo na preservação eletrónica.
Silvestre Lacerda ressalvou a importância dos resultados do projeto no contexto da modernização administrativa dos arquivos da AP, congratulando-se com o trabalho desenvolvido em conjunto por ambas as entidades. A apresentação do projeto foi realizada pelas diretoras do Centro de Gestão da Informação, Maria João Campos e do Serviço de Arquivo do CHUSJ, Fernanda Gonçalves, que destacaram os principais resultados do projeto e do seu potencial para a modernização da gestão dos arquivos da Saúde. Os resultados do projeto traduzem-se na disponibilidade da informação aos clínicos, de forma integrada com as ferramentas de processo clínico eletrónico do MS, passando os registos que até agora estavam em papel a estar disponíveis 24h/7. Os objetivo do projeto prendem-se com o esforço da desmaterialização como investimento no futuro digital dos utentes, com particular foco para utentes pediátricos, com a segurança da informação, sendo de referir a valorização da função dos serviços de informação no desempenho organizacional e atividade clínica, numa abordagem multidisciplinar.
A SGMS, enquanto Instituição responsável pela coordenação do Sistema de Arquivos e Bibliotecas do MS assinalou fortes mais-valias do projeto, reconhecendo que é de toda a importância disseminar esta boa-prática, tendo em vista, igualmente, o potencial de replicação nos Serviços e Organismos do Ministério da Saúde (MS).