Irmandade dos Clérigos aplica 500 mil euros/ano da receita em apoios sociais

Torre dos Clérigos, no Porto, atingiu, desde 2014, o visitante sete milhões.

A Irmandade dos Clérigos devolve em média 500 mil euros da receita anual das visitas à Torre dos Clérigos, investindo em apoio social aos mais desfavorecidos, a bolsistas e em prémios, revelou esta terça-feira o presidente da instituição.

Em resposta à Lusa no dia em que o monumento do Porto atingiu, desde 2014, o visitante sete milhões, o padre Manuel Fernandes advertiu que o milhão de visitantes não deve ser convertido à letra em milhões de euros, sendo que o preço médio dos bilhetes ronda os cinco euros.

Sem divulgar os números da receita, o clérigo que dirige a irmandade preferiu falar dos apoios que concedem, começando por responder que "em 2019 a irmandade, em termos de apoios sociais, devolveu cerca de 690 mil euros" e que em 2022 ficou "perto dos 400 mil euros", identificando apoio às refeições prestado pela associação Porta Solidária, na Igreja do Marquês, como uma das "inúmeras entidades apoiadas".

"Temos também apoiado algumas iniciativas de ordem cultural, como a promoção de livros, de publicações e, outra muito importante, que é o apoio a bolsas, pagando bolsas de estudos a quem está em Roma, para além do apoio a estudantes que se destacam a nível académico, como acontece com a Universidade Católica, com a promoção das bolsas D. Armindo Lopes Coelho, D. Júlio Tavares Rebimbas, do prémio D. António Francisco dos Santos, tudo somado cifra-se na ordem dos 500 mil euros", descreveu o padre.

O responsável da irmandade recordou sobre o investimento feito com a receita apurada que durante a pandemia houve "a necessidade de reabilitar o espaço das escadas da torre (...) para que fossem fortalecidas e preparadas para que a experiência continue a ser usufruída por toda a gente".

Em 2023, disse, a expectativa é que cheguem ao 1,3 milhões de visitantes, num ano, contou, número que "não cresceu tanto como em 2022, pois há mercados, como o asiático, que continuam ausentes depois de ter sido fortíssimo antes da pandemia".

O presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins, defendeu que a Torre dos Clérigos "é um barómetro para o turismo" e que está no "top 5 dos monumentos nacionais mais visitados", lembrando ter a irmandade, antes da pandemia, "equipado todos os hospitais da região com ventiladores".

Distinguido como o visitante sete milhões desde a requalificação do monumento, em 2014, o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, afirmou que a torre "é um ícone do Porto e do país" e "um exemplo do que deve ser feito no turismo, de valorização do património e da boa aplicação dos fundos europeus", destacando também a sustentabilidade, inclusão e o papel social da instituição.

 

Lusa

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