16 Oct 2023, 0:00
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As forças israelitas "abster-se-ão de atacar os eixos demarcados entre as 08:00 [locais, 06:00 em Lisboa] e as 12:00 [10:00]", declarou o porta-voz do exército, Avichay Adraee, nas redes sociais.
"Para vossa própria segurança, aproveitem este curto espaço de tempo para se deslocarem do norte e da cidade de Gaza para o sul", acrescentou, citado pela agência francesa AFP.
Noutra declaração, o exército disse que tinha designado duas rotas para a população se dirigir para o sul da Faixa de Gaza.
Israel apelou aos cerca de 1,1 milhões de residentes do norte de Gaza, cerca de metade da população do território, para fugirem para sul.
O objetivo é atacar o norte da cidade de Gaza para destruir o centro de operações do movimento islamita Hamas, que matou mais de 1.400 pessoas em Israel em 07 de outubro.
Desde o ataque sem precedentes, Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza, matando mais de 2.600 pessoas, segundo as autoridades locais.
A ONU calcula que a guerra entre Israel e o Hamas provocou mais de um milhão de deslocados na Faixa de Gaza desde 07 de outubro.
O ataque contínuo de Israel a Gaza deixou os pais a lutar para manter os seus filhos vivos e cuidar da sua saúde mental durante o que descrevem como a agressão mais feroz em anos.
Depois de Israel ter cortado a eletricidade em Gaza na segunda-feira passada, os residentes vivem no escuro devido à diminuição do abastecimento de combustível, necessário para operar os geradores.
Muitos pais aproveitam o acesso limitado à Internet para obter conselhos sobre como confortar os seus filhos em plataformas como YouTube e grupos de apoio do WhatsApp.