14 Jun 2022, 0:00
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O secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoán Mao, disse hoje que a ligação ferroviária entre o Porto e Vigo, na Galiza, não é assegurada por comboios elétricos devido à diferença de tensão da linha, apesar da conclusão da sua eletrificação.
“A eletrificação da linha entre Vigo e Tui não tem a mesma tensão que entre Vigo e a Corunha, nem a mesma que entre Valença e Faro. A linha Vigo, Guilharei e Ourense está a três mil volts, a linha nova, de alta velocidade, que liga Ourense a Santiago de Compostela, Corunha, até Madrid e a linha portuguesa a 25 mil volts”, alertou Xoan Mao.
A eletrificação da linha do Minho entre Nine e Valença foi concluída no primeiro semestre de 2021.
Para o secretário-geral da associação transfronteiriça que reúne 39 municípios do Norte de Portugal e da Galiza, a diferença de tensão elétrica na ligação ferroviária internacional põe em causa a competitividade da linha, considerando que o investimento na sua modernização e eletrificação não passou de um “engano”.
“Os únicos comboios que podem circular nesta linha são híbridos, bi-tensão, necessários para garantir a transição, na catenária, mas são muito mais escassos e caros. Quase todos são da Renfe [operadora que explora a rede ferroviária espanhola] que, obviamente, não os partilha com os concorrentes. Por sua vez, os concorrentes teriam de alugar essas composições o que retiraria competitividade à exploração da linha”, defendeu.
“A eletrificação da linha entre Vigo e Tui não tem a mesma tensão que entre Vigo e a Corunha, nem a mesma que entre Valença e Faro. A linha Vigo, Guilharei e Ourense está a três mil volts, a linha nova, de alta velocidade, que liga Ourense a Santiago de Compostela, Corunha, até Madrid e a linha portuguesa a 25 mil volts”, alertou Xoan Mao.
A eletrificação da linha do Minho entre Nine e Valença foi concluída no primeiro semestre de 2021.