“Maior evento LGBT+ em Portugal” foi cancelado e abre guerra no Porto. Moreira acusa BE de “acto social fascista”

Aquele que deveria ter sido o “maior evento LGBT+ de sempre em Portugal” foi, afinal, cancelado. Estava marcado para o início de Julho no Porto e o fim do evento leva o presidente da Câmara Rui Moreira a tecer acusações ao Bloco de Esquerda (BE).

Rui Moreira acusa o BE de se apropriar das causas da comunidade LGBT+, algo que a deputada dos bloquistas Susana Constante Pereira rejeita, defendendo que o partido está no movimento “desde o primeiro momento”.
A acusação do presidente da Câmara do Porto surge depois de um pedido de esclarecimento da deputada do BE sobre o papel da autarquia na organização do LGBT+ Music Festival, cujo cancelamento foi anunciado na segunda-feira.
“A iniciativa está a ser pensada à revelia e não em consonância com a organização histórica com 16 anos feita pela comissão organizadora da marcha do orgulho”, aponta Susana Constante Pereira, acrescentando terem existido “outros sinais” no Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, que se assinalou no Porto, com o hastear da bandeira em frente aos Paços do Concelho e nas juntas de freguesias de Campanhã e Bonfim.
“À mesma hora em que pela primeira vez era hasteada a bandeira na Junta de Freguesia do Bonfim, houve uma iniciativa à frente dos Paços do Concelho em que o executivo optou por estar, em que alguns vereadores optaram por estar, de costas voltadas para aquilo que o movimento trouxe, ao contrário da colocação de um mastro pela iniciativa de uma entidade de pendor comercial, que quer fazer das lutas activistas um negócio”, afirma Susana Constante Pereira.

“Vergonha” e “acto social fascista”
As considerações da deputada levam Rui Moreira a acusar o BE de “tentar capturar o movimento LGBT+ em Portugal”, o que considera uma “vergonha” e um “acto social fascista”.
“Não são donos de um movimento, nem proprietários de um movimento”, refere o autarca independente, acrescentando que “enquanto for presidente da Câmara, o BE não se vai apropriar desses movimentos cívicos, deve participar neles, deve apoiá-los”.
“Censurar por apoiarmos aqueles que vocês não gostam? Como se porventura o movimento LGBT+ tivesse de ser trotskista? Não tem. Pode ser capitalista, socialista, social-democrata, liberal, pode ser tudo”, salienta ainda Rui Moreira.
Em resposta, Susana Constante Pereira assegura que o partido “não se apropria de movimentos” e que, relativamente ao movimento LGBT+, “está e estará desde o primeiro momento” ao lado da comunidade.
“Desde o assassinato de Gisberta Júnior que o BE tem estado com outros activistas e ignorar os restantes activistas é ignorar e desmerecer o movimento”, afirma a deputada, acrescentando que “seria bom dar um sinal ao movimento sobre quem do executivo vai estar na marcha do orgulho gay no dia 25 de Junho”.

Rui Moreira diz que às marchas “vai quem quiser”.
Quanto aos apoios por parte da Câmara ao LGBT+ Music Festival, o autarca adianta que os mesmos foram solicitados pelo Museu dos Transportes para a organização de dois festivais e que a autarquia iria ceder o parque de estacionamento da Alfândega do Porto.

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