14 Mar 2022, 0:00
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As empresas portuguesas já registaram 20 mil ofertas de emprego na plataforma criada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para recolher as vagas disponíveis para os refugiados ucranianos que chegam a Portugal.
Esses números foram fornecidos ao ECO pelo Ministério do Trabalho. Em menos de duas semanas, o total de ofertas disponibilizadas pelas empresas nacionais saltou das 2.000 inicialmente registadas para as atuais 20.000.
Como já tinha explicado o gabinete de Ana Mendes Godinho, entre as ofertas registadas, existe uma “enorme diversidade de profissões desejadas, sendo os principais setores com ofertas de emprego colocados as tecnologias de informação, transportes (motoristas), restauração e hotelaria, social e civil, construção".
Os sectores que têm maior peso nas ofertas disponíveis são, coincidentemente, os que têm registado maior carência de recursos humanos, mas os sindicatos (tanto UGT como CGTP) já vieram alertar que é necessário garantir que os refugiados que chegam Portugal terá empregos adequados às suas competências, com remuneração correspondente e digna.
O IEFP vai ainda “dar cursos de português como língua de acolhimento aos cidadãos ucranianos que cheguem a Portugal” e o Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, um decreto-lei que simplifica o reconhecimento das qualificações profissionais destes refugiados, que deverá facilitar a integração profissional. Além disso, a atribuição automática de um número de identificação fiscal, previdenciária e de utente a estes cidadãos já tinha recebido “luz verde”.