9 Jul 2022, 0:00
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Empresário português está envolvido na polémica com os financiamentos do PRR à sua holding e no caso do navio Atlântida.
O empresário português Mário Ferreira disse esta sexta-feira, em entrevista na Edição da Noite da SIC Notícias, que não tem “receio de nada” e que “está ser vítima de um ataque sem precedentes”, depois da polémica com os financiamentos do PRR à holding do empresário e do caso do navio Atlântida.
"Somos um grupo que sempre cumpriu com as contas. Não deviamos ser uma empresa sacrificada na praça pública pela vingança de um pateta, e eu não devia passar por esta vergonha que estou a passar", frisou o empresário Mário Ferreira, proprietário da empresa de cruzeiros Douro Azul, em entrevista à SIC, na sexta-feira.
Um dos temas abordados foi o da investigação de que o grupo de Mário Ferreira está a ser alvo por 'fraude fiscal qualificada' e 'branqueamento de capitais' num processo associado à compra e venda do navio Atlântida.
Num caso que ficou conhecido como 'Operação Atlântida', o proprietário da empresa de cruzeiros (e também dono da Media Capital, empresa proprietária da TVI) é suspeito de ter montado um esquema de fuga ao Fisco na compra e venda do navio Atlântida, processo que decorreu entre 2014 e 2016 e que, segundo as Finanças, gerou uma dívida de cerca de seis milhões de euros em impostos não pagos. Este é o segundo processo que o empresário enfrenta sobre este caso, tendo o primeiro sido arquivado em 2016.
Mário Ferreira disse que tem havido "mentiras redondas" acerca deste processo e que "foram empolados custos fictício
A Pluris Investments vai ficar com a maior fatia dos apoios dos fundos de capitalização do Banco Português de Fomento para empresas afetadas pela pandemia. Os 40 milhões de euros que a holding de Mário Ferreira vai receber, serão usados para apoiar o aumento de capital da Mystic Cruises. A empresa detém a operação de barcos e também 35% da TVI.
A empresa Douro Azul de Mário Ferreira foi alvo de buscas na quarta-feira por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento. Em causa está uma investigação ao negócio de compra e venda do navio Atlântida, que já tinha dado origem a buscas há seis anos.
O empresário Mário Ferreira foi constituído arguido no caso do negócio do navio Atlântida, que motivou buscas na empresa Douro Azul, informou na quinta-feira a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).