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O Primeiro de Janeiro

17 Jul 2022, 0:00

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Médicos de família e ministra da Saúde continuam longe de um acordo

O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) afirmou que continua longe um acordo com a ministra da Saúde, mantendo-se a intenção do Governo de contratar médicos sem especialidade para centros de saúde.

Em protesto, este sábado, cerca de duas centenas de médicos de família estiveram concentrados à frente do Ministério da Saúde, exigindo a revogação imediata da polémica medida.
“Marta Temido sem perdão, pede a demissão”, podia ler-se num dos cartazes, em que também se refere a existência de uma situação de “luto no Serviço Nacional de Saúde” (SNS).
O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Nuno Jacinto, pouco depois de ter discursado aos manifestantes, foi recebido pela ministra Marta Temido, que se encontrava esta tarde no Ministério da Saúde.
“Estamos perante um problema grave criado pela nova lei do Orçamento do Estado, um retrocesso na prestação de cuidados aos nossos utentes nos centros de saúde. Rejeitamos médicos não especialistas a assumir a responsabilidade de fazer o seguimento de listas de utentes completas nos centros de saúde”, justificou Nuno Jacinto, no início de um protesto que teve a presença do bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da APMGF defendeu que existem em Portugal especialistas em medicina geral e familiar “em número suficiente para cobrir as necessidades da população, mas não tem havido a capacidade de os captar e reter no SNS por questões políticas que foram acontecendo nos últimos anos”.
“Temos mais de 1700 especialistas já fora do SNS. A solução não é ir buscar não especialistas, mas garantir os especialistas que já formámos – e que continuaremos a formar nos próximos anos – a fazerem o trabalho para o qual foram treinados”, contrapôs.
Para ultrapassar as atuais insuficiências ao nível da cobertura de médicos de família, Nuno Jacinto destacou como vias para a solução a questão salarial, mas, também, “a existência de carreiras atrativas, que sejam funcionais e que permitam uma diferenciação progressiva baseada no mérito”.

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