3 Aug 2022, 0:00
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Médicos internos de Ginecologia e Obstetrícia de todo o país entregaram escusa de responsabilidade quando as escalas de urgência não estiverem de acordo com o regulamento, apontando que as medidas aprovadas até agora pelo governo são insuficientes.
Os médicos internos de ginecologia e obstetrícia de todo o país pediram escusa de responsabilidade nas urgências. Numa carta dirigida à ministra da Saúde, os clínicos dizem que esta se aplica sempre que estejam destacados para as urgências e as escalas não estejam de acordo com o regulamento que foi publicado em Diário da República.
A nível individual, recusam fazer mais de 12 horas de trabalho suplementar a cada semana de trabalho e mais de 150 horas extraordinárias por ano. Os médicos justificam a decisão dizendo que as medidas aprovadas pelo Governo até ao momento são insuficientes.
"Cem colegas, do Minho ao Algarve, internos da especialidade de ginecologia e obstetrícia, vêm juntar a sua voz na solicitação ao Ministério da Saúde para que desenvolva um conjunto de medidas que possa permitir a fixação de médicos no Serviço Nacional de Saúde", disse Jorge Roque da Cunha.
"Para proteger os doentes, não assumem responsabilidade daquilo que possa ocorrer de uma forma menos boa", até porque acabam por trabalhar em escalas com menos especialistas do que o recomendado.
O pedido de escusa de responsabilidade por parte de médicos especialistas tem acontecido, também, com bastante frequência.
Este grito de alerta tem de ser entendido por parte do Ministério da Saúde e das administrações.