2 Jan 2024, 0:00
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“Um Bom 2024 para todos Vós, em todo o mundo, civis, militares, forças de segurança, proteção civil, e, também, cá dentro, nas Regiões Autónomas como no Continente.
Há um ano, eu disse-Vos que 2023 poderia ser decisivo no Mundo, na Europa e em Portugal.
E foi.
No Mundo, ficou claro que a guerra na Ucrânia está para durar.
Ficou ainda claro que um antigo conflito, choque entre dois povos, ambos querendo a mesma terra, se convertia, novamente, em guerra aberta, no Médio-Oriente.
Ficou claro que a inflação descia mas o crescimento não subia.
Ficou claro que enquanto durarem as guerras e a lenta recuperação económica, os que mais sofrem são os mais pobres, mais dependentes, mais excluídos.
Ficou claro que deveríamos estar todos atentos às eleições americanas de novembro. Para percebermos como vai ser o tempo imediato no Mundo. Nas guerras como na economia.
Na Europa, ficou claro que o crescimento marca passo – mesmo nas sociedades mais fortes.
Ficou claro que o egoísmo, o fechamento, a preocupação com a segurança, ganharam adeptos, que querem uma União Europeia fortaleza distante do resto do Mundo e, até, distante do resto da Europa.
Ficou claro que, ainda assim, a maioria entende que negar alargamentos e parcerias é pior do que fazê-las, com preparação, bom senso e equilíbrio.
Ficou claro que deveríamos estar todos atentos e motivados porque votamos nas eleições Europeias, para essas eleições. Para percebermos como vai ser o tempo imediato na Europa. No medo como na abertura e na recuperação económica.
Em Portugal, ficou claro que contas certas, maior crescimento e emprego, qualificação das pessoas, investimento e exportações, são essenciais.
Mas ficou também claro que crescimento sem justiça social, isto é, sem redução da pobreza e das desigualdades entre pessoas e territórios não é sustentável.
Ficou claro que efetivo acesso à saúde, à educação, à habitação, à solidariedade social é uma peça-chave para que haja justiça social e crescimento.
Ficou claro que a administração pública e a justiça podem fazer a diferença, nestes anos em que dispomos de fundos europeus irrepetíveis e de uso urgente.
Ficou claro que depois da legítima decisão pessoal de cessar de funções de quem foi o segundo mais longo Chefe do Governo em Democracia, e o mais longo neste século, deveríamos estar todos atentos e motivados para as eleições de março. Para percebermos como vai ser o tempo imediato em Portugal. Na avaliação como na escolha.
Numa palavra, 2023 acabou com mais desafios e mais difíceis do que aqueles com que havia começado.
Mas, a Democracia nunca tem medo de dar a palavra ao Povo. E nisso se distingue da ditadura.
Portugueses, 2024 irá ser, largamente, aquilo que os votantes, em Democracia, quiserem.